BRINDES DE FEIRA


Cachorro, safado, sem vergonha!
Toda vez que escuto essa música em casa, sem ser cantada pela Ivete,
já sei que aprontei alguma...
Ou melhor... Minha mulher descobriu a última que aprontei...
O que eu fiz dessa vez?
Não fala comigo!
Isso, não! Não rasga o jornal do título do Manto!
Eu confesso! Eu confesso!
Nem sei do que se tratava, mas aquele jornal pode se tornar histórico.
Abaixa o jornal!
Ufa!
Sabe o que encontrei no bolso de sua camisa?
Sei lá! Um prendedor de aço para papéis?
O que é isso?
Um clips...
Não! Cachorro...
Papelzinho de bala?!
Cartão de corretor de imóvel?
De advogado?
Não, não e não! Seu sadado!
O telefone da Luma de Oliveira?
Cretino! Sem vergonha...
Onde você andou?
Fui ao Correio, ao banco, andei no meio fio para desviar dos ambulantes.
Ontem foi domingo. Você disse que foi à feira literária.
É mesmo! Fui.
O que isto está fazendo no seu bolso?
O que é isso?
Cara de pau! Vai dizer que não sabe o que é isso?
Saber eu sei, mas o que isso está fazendo no meu bolso?
Essa pergunta é minha!
Sei lá! Não tem utilidade nenhuma no bolso!
Cachorro!
Safado, sem vergonha... Já decorei a letra!
Opa! O Jornal não!
Fica com essa porcaria de jornal!
Mas...
Não tem mas, nem meio mas... E cale a boca!
Posso explicar aos leitores?
Explique o que você quiser... A mim você não engana!
Olhe gente! Minha mulher tem sua parcela de razão.
Não pegue qualquer brinde ou propaganda que distribuem nessas festas
de rua e jogue no bolso sem olhar direito.
Uma tira de preservativos.
Vocês acreditam!

--------------------------------------------------------

Visite o blog APOSTOLOS DE PEDRO

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 18/05/2009
Reeditado em 18/05/2009
Código do texto: T1600385
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.