Viva a Frutaria
No frenesi orgásmico
Do passeio cósmico
Penetrantes labirintos
Convidam ao instinto
Por alguém na escuta
Insinuante e bonita
Abre as portas da gruta
Da sua suculenta fruta
Quem é que não degusta?
E a fera lambe as garras
Não vê a hora de que agarra
O cacho doce daquela uva
Chupa que chupa e luta...
O amor tem dessas labutas
É divino... Belo e gostoso!
Às vezes nos deixa dementes...
Noutras nos realiza contentes
E o bom dessa adorável loucura
É aproveitar da sua fartura
Do que bem sabe o poeta
Retirar a inspiração que presta
Fazer de suas letras uma festa
Então... Abra logo essa frutaria
Sacia esta minha sede interna
Mata essa fome das cavernas
Ofereça o bico dos teus seios
Rebole nessas tuas nádegas
Antes passe lá na bodega
E me traga um trago de cachaça
Porque eu sei que você não me nega
Como eu também sei minha nêga
Que viver sem você e tuas pregas
Esta vida fica sem graça e brega.
Hildebrando Menezes