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O DESEJO DE COMER COELHO ASSADO! (História Real)
Comprometi-me nesta semana, em homenagem as mães, escrever pelo menos um texto por dia que fale sobre mães nos mais variados temas.
Mulher pode disfarçar ou enganar o que sente para o marido, para os irmãos, para o pai e até para o diabo... Mas, para filhos e mãe ela não consegue.
Hoje estava meio desanimada e meus filhos logo percebem. São meus “termômetros de humor”. Entreolham-se, conversam um com o outro pelo olhar e disfarçadamente caminham em minha direção. É sempre assim que agem.
“- Mãe... Conta uma coisa engraçada que aconteceu com você!” – Disse a menina.
- Ah... Acho que já esgotei meu estoque de causos engraçados... Hoje vou ficar devendo... – Respondo meio aérea, cabeça em órbita.
“- Conta um de viagem!" – Insistiu o caçula.
Ciente de que a intenção deles era de me fazer volta a ficar saltitante como sou diariamente, fui no baú da memória e pesquei uma e comecei:
-Hum! Então, tá! Lembrei-me de um...
********************
Por cargas d’água naquele dia senti uma vontade incontrolável de comer coelho assado! Não estava grávida, porém, o desejo era mesmo de uma. A boca ficava salivando só de lembrar-me do restaurante onde comi um apetitoso coelho num domingo de páscoa.
Na cidade onde morei por um tempo, havia o "seu" Hemerly, que adorava preparar coelho, tatu, paca, pato e demais bichos do mato. Sr. Hemerly tinha peculiar talento gastronômico. Seu filho “Hélio goiaba” era funcionário de um grande banco e convidou-me para o seu aniversário.
O pai do Hélio, seu Hemerly, além de excelente cozinheiro, pescador, contador de causos, era o maior pregador de peças. Era muito divertido conviver com ele!
Ele disse para a esposa Penha, entregando-lhe o coelho abatido, limpo e temperado pronto para assar:
- Pode colocar no forno, minha velha!
- Nossa! Que coelho grande e diferente, onde está a outra patinha dele?... – Disse a Penha.
- Eu tirei para fazer um amuleto, mulher... – Respondeu seu Hemerly.
Quando cheguei a casa do Hélio goiaba fui tomada por um cheiro maravilhoso de assado. Praticamente todos os funcionários do banco estavam satisfeitos saboreando os mais variados assados.
Fui em busca do tal coelho que para minha surpresa e “sorte” havia acabado... Uma funcionária mais arrogante do banco, chupando um ossinho, disse-me:
- Hum, querida... Você demorou para vir, dançou! Estava uma “dilíiiiicia”!!
Nisso, um amigo chega com um pratinho com alguns pedaços e me oferece. Quando já ia espetar com meu garfo, o seu Hemerly chega perto de mim e me pega pelo braço dizendo que tinha uma coisa para eu provar...
Ele foi até a cozinha e voltou trazendo uma sacola. Olha para mim, piscou o olho e falou para os convidados:
- E aí, gostaram do coelho assado?
Claro que todos foram unânimes em suas respostas positivas. Então, retirando da sacola, o seu Hemerly joga sobre a mesa três patas grandes e conhecidas de todos do bairro... As três patinhas do gato gordo de rua aleijado!
Dessa hora em diante a festa acabou, pois foi um tal de correr para um canto e vomitar.
Aquela enjoada que chupava o ossinho? Estava verde, amarela, vermelha feito semáforo e creio que a infeliz vomitou até a alma...
E eu? Morria de rir de doer a barriga, de dar dor na bochecha e de quase mijar nas calças!!!
Nunca mais comi coelho. Nunca mais gato por lebre!!!
***********************
Meus filhos adoraram o “causo” ocorrido. E eu? Voltei a ficar saltitante e com um sorrisão no rosto.
O que uma mãe não faz pelos filhos, o que os filhos não fazem por uma mãe... Por eles voltei a sorrir, por mim se fizeram qual “mãe” que se preocupa, zela e cuida...
Meus filhos são minha melhor parte!
O DESEJO DE COMER COELHO ASSADO! (História Real)
Comprometi-me nesta semana, em homenagem as mães, escrever pelo menos um texto por dia que fale sobre mães nos mais variados temas.
Mulher pode disfarçar ou enganar o que sente para o marido, para os irmãos, para o pai e até para o diabo... Mas, para filhos e mãe ela não consegue.
Hoje estava meio desanimada e meus filhos logo percebem. São meus “termômetros de humor”. Entreolham-se, conversam um com o outro pelo olhar e disfarçadamente caminham em minha direção. É sempre assim que agem.
“- Mãe... Conta uma coisa engraçada que aconteceu com você!” – Disse a menina.
- Ah... Acho que já esgotei meu estoque de causos engraçados... Hoje vou ficar devendo... – Respondo meio aérea, cabeça em órbita.
“- Conta um de viagem!" – Insistiu o caçula.
Ciente de que a intenção deles era de me fazer volta a ficar saltitante como sou diariamente, fui no baú da memória e pesquei uma e comecei:
-Hum! Então, tá! Lembrei-me de um...
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Por cargas d’água naquele dia senti uma vontade incontrolável de comer coelho assado! Não estava grávida, porém, o desejo era mesmo de uma. A boca ficava salivando só de lembrar-me do restaurante onde comi um apetitoso coelho num domingo de páscoa.
Na cidade onde morei por um tempo, havia o "seu" Hemerly, que adorava preparar coelho, tatu, paca, pato e demais bichos do mato. Sr. Hemerly tinha peculiar talento gastronômico. Seu filho “Hélio goiaba” era funcionário de um grande banco e convidou-me para o seu aniversário.
O pai do Hélio, seu Hemerly, além de excelente cozinheiro, pescador, contador de causos, era o maior pregador de peças. Era muito divertido conviver com ele!
Ele disse para a esposa Penha, entregando-lhe o coelho abatido, limpo e temperado pronto para assar:
- Pode colocar no forno, minha velha!
- Nossa! Que coelho grande e diferente, onde está a outra patinha dele?... – Disse a Penha.
- Eu tirei para fazer um amuleto, mulher... – Respondeu seu Hemerly.
Quando cheguei a casa do Hélio goiaba fui tomada por um cheiro maravilhoso de assado. Praticamente todos os funcionários do banco estavam satisfeitos saboreando os mais variados assados.
Fui em busca do tal coelho que para minha surpresa e “sorte” havia acabado... Uma funcionária mais arrogante do banco, chupando um ossinho, disse-me:
- Hum, querida... Você demorou para vir, dançou! Estava uma “dilíiiiicia”!!
Nisso, um amigo chega com um pratinho com alguns pedaços e me oferece. Quando já ia espetar com meu garfo, o seu Hemerly chega perto de mim e me pega pelo braço dizendo que tinha uma coisa para eu provar...
Ele foi até a cozinha e voltou trazendo uma sacola. Olha para mim, piscou o olho e falou para os convidados:
- E aí, gostaram do coelho assado?
Claro que todos foram unânimes em suas respostas positivas. Então, retirando da sacola, o seu Hemerly joga sobre a mesa três patas grandes e conhecidas de todos do bairro... As três patinhas do gato gordo de rua aleijado!
Dessa hora em diante a festa acabou, pois foi um tal de correr para um canto e vomitar.
Aquela enjoada que chupava o ossinho? Estava verde, amarela, vermelha feito semáforo e creio que a infeliz vomitou até a alma...
E eu? Morria de rir de doer a barriga, de dar dor na bochecha e de quase mijar nas calças!!!
Nunca mais comi coelho. Nunca mais gato por lebre!!!
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Meus filhos adoraram o “causo” ocorrido. E eu? Voltei a ficar saltitante e com um sorrisão no rosto.
O que uma mãe não faz pelos filhos, o que os filhos não fazem por uma mãe... Por eles voltei a sorrir, por mim se fizeram qual “mãe” que se preocupa, zela e cuida...
Meus filhos são minha melhor parte!