Da saída, faz-se a entrada.../com áudio

Dizem as más línguas que essa vovózinha tem alguma coisa a ver com a Chapéuzinho Vermelho, e que foi ela que perdeu a bunda nessa história de agora. Eu mesmo, não garanto nada...

Uma história eu vou contar

que bem sei é cabeluda;

mas vovó não quer deixar,

tá dizendo: Deus me acuda!

Mas não posso reprimir

o que salta aqui no peito;

não consigo mais dormir

no macio do meu leito.

Fico ouvindo uma voz

a gritar no meu ouvido:

Desemboca nessa foz,

conte logo o ocorrido.

Mas engulo quase em seco

arranhando a garganta;

o que vi naquele beco

não foi coisa de uma santa.

Era noite de segunda

trinta e um do mês de outubro;

uma moça sem a bunda

cujo nome inda descubro.

Perguntei aos meus botões:

Quem comeu a bunda dela?

Os baixinhos: Sete anões,

ou sapata Cinderela?

Sem a bunda -coisa drástica-

me pediu alguns trocados,

pra gastar nalguma plástica

que arrumasse os seus roubados.

Perguntei, se quem comera

seus fundilhos, fez por vinga?

Ela disse que o perdera

na ressaca de umas pingas...

Mas que mundo nós vivemos

sem respeito, sem mais nada,

comem tudo que nós temos:

Da saída, faz-se a entrada...

Franmello, que pelo jeito estava lá naquele beco e presenciou tudo, não me deixando mentir sozinho...rsrsr

Essa vovó felpuda

Na esquina do Fisico

Quando perdeu a bunda

Tava no maior sassarico!

Aimberê Engel Macedo
Enviado por Aimberê Engel Macedo em 29/04/2009
Reeditado em 01/05/2009
Código do texto: T1567086
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