* *A CARANGA DO BITENCA * *
Nunca me esqueci e jamais esquecerei aquele dia, aliás inicio de noite ,numa quarta-feira de cinzas . Minha namorada, futuro sogro e sogra, estavam na praia há mais de 12km da cidade. Eu me dirigia ao terminal do Laranjal e levei o azar de encontrar o Bitencurt, no caminho de casa:
- Ai Magrão!..Tu nem imagina o que estou indo buscar, aqui perto da Escola Técnica. Comprei um carro de barbada e se tu me ajudares, te levo prá casa depois.
Olha meus amigos se eu imaginasse o que ia acontecer tinha ido a pé para o Laranjal. E isso foi o que acabou acontecendo mais tarde. Fiz a bobagem de aceitar o convite e lá fui eu junto com o Bitenca, buscar o famoso carro.
Chegando no local vi com espanto que era um Gordine e no escuro até que me pareceu em boas condições. Porém quando o Bitenca foi abrir a porta ,quase que ela cai em cima do meu pé(foi por milímetros). Ele conseguiu que o dono do posto ascendesse a luz do pátio e foi quando pude ver melhor a bolsa que trazia os materiais para conseguir fazer funcionar o traste. Pegou a lanterna e um rolo de arame e me alcançando a lanterna disse:
-Magrão,vê se consegue iluminar o pedal da embreagem,enquanto eu amarro o cursor no chassi.
Depois de executada a façanha, foi no posto e trouxe uma bateria que eu acredito tenha deixado no carregador. Pegou um vidro grande e branco e quando abriu ressentiu o cheiro de éter. Colocou um pouco no carburador, pois já havia amarrado uma lata grande de gasolina em cima do teto do traste(Gordine). Bem eu não agüentava mais de rir ,embora continuasse ajudando o Bitenca. Foram duas horas ou mais de sofrimento,...bota éter,...dá manivela ...e nada. De repente uma explosão seguiu-se das demais e o motor funcionou!...parecia que ia desmanchar!...mas funcionou!
- Viu Magrão, eu não disse ,agora é só irmos embora para a praia e tomar umas cervejinhas que eu pago.
Eu só resmunguei, pois não parava de rir um segundo, em face da situação altamente engraçada. Pois prá piorar ele foi engatar a 1ª marcha e ficou com a palanca na mão. Como tinha arame de sobra acabou por amarrar a palanca também. Na direção eu não falo pois a folga era mais de meia volta . Mas o homem era teimoso e confiante e foi em frente.
Sentei no banco traseiro, pois o da frente estava com a lata da gasolina. Minha barriga doía de tanto que eu ria, mas 3 horas e meia ou mais, já não importava ,uma vez que o traste (Gordine) partiu!... Andou mais ou menos 120 ou 150 metros, ...e arriou! As duas rodas dianteiras ao passarem pelos trilhos estavam na nossa frente só parando na calçada do outro lado. A roda traseira do lado direito abriu-se como se fosse uma perna.
Eu quase mijado de tanto rir e com dor na boca do estomago, ouvi o Bitenca gritar:
- Volta aqui Magrão! Eu tenho parafusos na bolsa.
Acho, que ele deve ter ouvido eu dizer; já quase na esquina:
Nem morto!... to indo a pé para o Laranjal,chego bem mais cedo e não morro de rir. Ah, Ah, Ah.
Uffa,...consegui terminar de contar. Pois só quem viveu este fato pode imaginar a cena completa.
Dedico este à amiga Silvia Regina, que sempre me prestigia.
Nunca me esqueci e jamais esquecerei aquele dia, aliás inicio de noite ,numa quarta-feira de cinzas . Minha namorada, futuro sogro e sogra, estavam na praia há mais de 12km da cidade. Eu me dirigia ao terminal do Laranjal e levei o azar de encontrar o Bitencurt, no caminho de casa:
- Ai Magrão!..Tu nem imagina o que estou indo buscar, aqui perto da Escola Técnica. Comprei um carro de barbada e se tu me ajudares, te levo prá casa depois.
Olha meus amigos se eu imaginasse o que ia acontecer tinha ido a pé para o Laranjal. E isso foi o que acabou acontecendo mais tarde. Fiz a bobagem de aceitar o convite e lá fui eu junto com o Bitenca, buscar o famoso carro.
Chegando no local vi com espanto que era um Gordine e no escuro até que me pareceu em boas condições. Porém quando o Bitenca foi abrir a porta ,quase que ela cai em cima do meu pé(foi por milímetros). Ele conseguiu que o dono do posto ascendesse a luz do pátio e foi quando pude ver melhor a bolsa que trazia os materiais para conseguir fazer funcionar o traste. Pegou a lanterna e um rolo de arame e me alcançando a lanterna disse:
-Magrão,vê se consegue iluminar o pedal da embreagem,enquanto eu amarro o cursor no chassi.
Depois de executada a façanha, foi no posto e trouxe uma bateria que eu acredito tenha deixado no carregador. Pegou um vidro grande e branco e quando abriu ressentiu o cheiro de éter. Colocou um pouco no carburador, pois já havia amarrado uma lata grande de gasolina em cima do teto do traste(Gordine). Bem eu não agüentava mais de rir ,embora continuasse ajudando o Bitenca. Foram duas horas ou mais de sofrimento,...bota éter,...dá manivela ...e nada. De repente uma explosão seguiu-se das demais e o motor funcionou!...parecia que ia desmanchar!...mas funcionou!
- Viu Magrão, eu não disse ,agora é só irmos embora para a praia e tomar umas cervejinhas que eu pago.
Eu só resmunguei, pois não parava de rir um segundo, em face da situação altamente engraçada. Pois prá piorar ele foi engatar a 1ª marcha e ficou com a palanca na mão. Como tinha arame de sobra acabou por amarrar a palanca também. Na direção eu não falo pois a folga era mais de meia volta . Mas o homem era teimoso e confiante e foi em frente.
Sentei no banco traseiro, pois o da frente estava com a lata da gasolina. Minha barriga doía de tanto que eu ria, mas 3 horas e meia ou mais, já não importava ,uma vez que o traste (Gordine) partiu!... Andou mais ou menos 120 ou 150 metros, ...e arriou! As duas rodas dianteiras ao passarem pelos trilhos estavam na nossa frente só parando na calçada do outro lado. A roda traseira do lado direito abriu-se como se fosse uma perna.
Eu quase mijado de tanto rir e com dor na boca do estomago, ouvi o Bitenca gritar:
- Volta aqui Magrão! Eu tenho parafusos na bolsa.
Acho, que ele deve ter ouvido eu dizer; já quase na esquina:
Nem morto!... to indo a pé para o Laranjal,chego bem mais cedo e não morro de rir. Ah, Ah, Ah.
Uffa,...consegui terminar de contar. Pois só quem viveu este fato pode imaginar a cena completa.
Dedico este à amiga Silvia Regina, que sempre me prestigia.