Náufragos

Alto mar, sol escaldante, ondas violentas. Há mais de uma semana os tres náufragos, sem comida e água, estão à beira da loucura. Súbito um deles pega uma afiada faca, e começa a gritar:

- Vou cortar isto fora (é, aquilo mesmo que vc pensou)! Não aguento mais de fome. Seus companheiros, então, começam a gritar:

- Não, não, pense na sua noiva! Pense naquela coisa gostosa que o espera. O homem então larga a faca, e comovido diz aos amigos:-

- Tem razão. Obrigado! E os dois então continuam:-

- Pense muito nela, que assim isso aí endurece e teremos mais alimento.

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Depois de vários dias à deriva aquele barco aportou em uma ilha, com seus tres tripulantes exaustos. Um italiano, um frances e o Mano Uél. Acontece que a ilha era habitada por uma tribo de canibais cujo feiticeiro se julgava tão poderoso que oferecia uma alternativa aos que iam morrer.

-Voces podem fazer, cada um, um pedido, e se eu não consegir atender estarão livres. Caso contrário, vou tirar a pele de cada um para fazer um barco.

Por sorteio o italiano foi primeiro, e pediu:

-Quero uma pizza margherita e uma garrafa de chianti!

KATAPLAFFFFFF, surgiu nas mãos do feiticeiro o pedido, e o italiano foi esfolado imediatamente.

-Quero foie-gras en baguette e champagne safra 1973, disse o frances.

SKATAPLUMMMMFFFFT, e surgiu o pedido, e arrancaram o couro do frances.

Chega a vez do portugues. Ele pensa, pensa, e pede ao feiticeiro um garfo. Espanto geral, o feiticeiro diz que para isso nem precisa de magia. Pergunta se é de algum fabricante em especial, ou feito de metal precioso e cravejado de jóias.

- Não, responde o portuga. É um garfo comum.

Chega então um indigena trazendo o garfo e o entrega ao Mano Uél.

Ato contínuo, este sai pulando, se perfurando no tórax e barriga, nádegas e pernas, enquanto grita alucinado:

- Vão fazer canoa com essa pele? Nunca mesmo ó pá!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

'Stou a veire que não flutuará nunca.

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