Na Pastelaria Chinesa

Uma vez, numa pastelaria da Avenida São João, em São Paulo, estávamos meus amigos e eu comendo pastel.

Já passavam das dez da noite. Portanto, hora de fechar.

O chinês, dono da pastelaria, esperáva-nos sair com o ferro de puxar as portas metálicas diante da porta. Nós não pensávamos sair dali tão cedo. Ele, sem dúvida nenhuma, p da vida.

Enquanto isso, lá dentro a chinesa lavava o chão, falando alto, zangada. Como não entendíamos nada do que ela falava, pensávamos que estivesse brava conosco. Todavia, se estivesse, não sairíamos dali tão cedo...

Até que por fim ela muito zangada gritou:

- Hoje não entra em dormitório!

Aí caímos na risada.

E o chinês foi ajudá-la na limpeza, antes que ela acrescentasse algo, olhando-nos com muita raiva. Aliás, do jeito que nos olhava, melhor seria sairmos dali. E foi o que fizemos!

Caímos fora depressa, antes que nos sobrasse um karatê-dô pra nos calar! Ou chinês não luta karatê? Sei lá!