Cabeça vazia

Hoje sentei á escrivaninha

Pensando no que escrever

Mas a mente me negou linha

Nenhum assunto consigo ter

Pensei naquilo que fiz

Caminhos por onde andei

Só sei que fui feliz

Pena que não anotei

Conversei com os amigos

Joguei conversa fora

Depois com o olhar perdido

Peguei rumo e vim embora

Perambulei todo mundo viu

Nem imaginas aquilo que eu vi

O dia passou o tempo ruiu

Eu vivi tudo porem esqueci

Como ferreiro sem ferramenta

Prevendo sem ser profeta

Vazia a massa cinzenta

Está pobre este poeta

Nada pior ser uma pessoa

Um poeta sem assunto

Ver a vida passando a toa

Vivendo com um defunto

Amanhã acordo cedo

E de olho arregalado

Vou por ai sem medo

E trazer tudo lembrado

Só me perco no andar da moça

Em seu lindo rebolado

Nem mesmo fazendo força

Eu consigo olhar pro lado

Mario Sapateiro
Enviado por Mario Sapateiro em 06/03/2009
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