A vida que se leva

Ninguém previu o meu futuro

Nenhuma cigana me leu a mão

Mas quis ser assim eu juro

Um homem com a vida e a razão

Faço dela o que eu quero

Não me prendo no pensamento

Se desejo no intento me esmero

E se perco jamais lamento

Não deixo a vida me levar

Levo-a comigo aonde eu for

Não vejo o tempo passar

Uso o tempo ao meu dispor

Sentado á beira do caminho

Só vejo o tempo passar

Mas se todo o tempo caminho

Vou onde o tempo me levar

A vida não é muito curta

Tem gente que vive pouco

E assim o tempo te furta

E o homem então fica louco

Levo a minha vida enfim

Quem me leva não é ela

Se virar as costas pra mim

Passo a mão na bunda dela

Só pequei no arremate

Sou poeta beberrão

Me perdoe pelo destrate

Me perdi nessa função