ANEDOTARIO PARA TODOS 32

(De Alvarenga e Ranchinho)

Dois compadres conversavam:

- Você não me parece nada bem compadre!

- Sabe o porque? É que cheguei em casa e não achei a mulher minha.

- A mulher minha?

- A sua não, a mulher minha!!

- Ah! Sei, a mulher sua. Mas e daí?

- E dai que eu sai atrás e encontrei, ela namorando um homem debaixo de um poste.

- Ai você matou os dois.

- Não porque sei que isso é crime, então eu fui e chamei um guarda na hora e falei pro guarda: - Guarda, minha mulher tá namorando um homem debaixo de um poste.

- Vamos lá resolver isso, porque sou inimigo de senvergoniça. - Falou o guarda correndo atrás de mim, e já chegando e descendo a lenha nela e no homem. assim:

- Lep e Lep, Lep e Lep, era lepada nas costas, na cara nos braços na barriga e o guarda no meu juízo era um cara bão de serviço, o homem escapuliu pela cerca de bambu e ficou só a mulher tomando as lepadas e eu ainda assim achei bão.

- Tava descendo o bambu mesmo?

- Tava e eu achando tudo uma beleza, mas ai teve um negócio.

- Que negócio compadre?

- eu resolvi dar uma olhada para ver a cara de mulher senvergonha no corretivo do guarda e uma coisa me tirou a firmeza do castigo na horinha.

- O que foi compadre do céu?

- A mulher que tava nas lepadas não era a mulher minha.

- Oh virge! E como coisa acabou?

- Espia o que se assucedeu. Virei pro guarda e falei: - Guarda de Deus para de dar nessa dona ai que eu não sei quem é porque de fato não e a mulher minha.

- E as lepada parô.

- Que Mané parou, o guarda fez que não era com ele que eu falava e mostrou mais serviço nas lenhadas caprichadas dai que tive que abraçar ele e gritar. - Para guarda essa ai não e a mulher minha.

- Então ele parou?

- Não, ele me olhou feio, me empurrou pro lado, continuou no corretivo me disse sem virar pro meu lado.

- Não é a sua mas é a minha.

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Tendo morrido simultaneamente, um pobre e um rico foram bater ás portas do céu, já que nenhum deles acreditava ser o inferno seu destino.

Chegando um pouquinho antes, o pobre resolveu prevenir-se contra frequente discriminação sofrida na vida terrena e falou com São Pedro firme:

- Muito bem São Pedro, sou pobre e na terra o rico sempre tem razão. Mas aqui cheguei primeiro e primeiro devo ter vossa atenção.

- Fique tranquilo, -disse o Santo. - Por aqui os últimos serão os primeiros. portanto deixe entrar antes de você este que está logo atrás.

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Três ladrões cometeram roubo em uma cidade e foram pegos na cidade vizinha onde o delegado tinha um vocabulário sofrível e mandou uma mensagem ao colega delegado sobre a prisão:

- "Nois prendeu todus treis aqui, um é baiano, otro mistissu e o urtimo purtugueis, tão enjaulado aqui".

- Agradecendo a eficácia do amigo da cidade vizinha. o delegado não deizou de mencionar os erros gramaticais deste outro e respondeu:

- Caro amigo delegado. Obrigado pela captura, já mandaremos buscar os meliantes mas por favor corrija o português.

Quem leu o escrito foi um auxiliar e este finalizou dizendo:

- Pelo que eu tô lendo aqui, parece que o delegado lá tá mandando voce descer o bambu no português.

- Não vejo ciência nisso mas vamo atendê o companheiro e é nesta hora.

E o português levou uma tremenda surra no lombo.