VIDA PRIVADA 2

Sempre soube que na vida estamos sujeitos a tudo e mais um pouco, mas nunca estamos preparados quando esse “tudo e mais um pouco” acontece conosco como contarei a seguir.

No bairro onde resido mora uma morena de tirar o fôlego, até de campeão de maratona, tanto que é gostosa, daquelas que cego acha linda, mudo passa cantada e maneta que passar a mão e, por um desses acasos da vida, ela se engraçou comigo. Vocês devem imaginar a alegria deste pobre coitado em poder passa a régua na gostosona do bairro, parecia que tinha ganhado na loteria... sozinho.

Após alguns encontros, beijinhos e amassos chegou enfim o grande dia de inaugurá-la, sentia um friozinho na barriga só de imaginá-la tirando a roupa e a ansiedade estava mexendo comigo, me sentia um tanto estranho...mas feliz.

Na hora combinada a peguei em sua casa e, sem a mínima pressa, fui dirigindo rumo ao matadouro (motel) que tinha escolhido a dedo para o grande acontecimento, luxuoso, com hidromassagem, piscina e sauna... tudo o que ela tinha direito... e eu também.

Estava super preparado com óleos para massagem, preservativos, brinquedos eróticos, gel lubrificante, etc..., menos para o que viria a seguir.

No meio do caminho aquele friozinho na barriga parecia ter ganhado vida e, como um bebê na barriga da gestante, tinha a impressão que dava chutes, virava, espreguiçava, cutucava e tudo mais... comecei a ficar preocupado, assim por prevenção parei num posto de gasolina e enquanto o frentista abastecia dei uma corrida até o banheiro.

Gente, soltei um peido de uns 40 segundos...parecia aquele som de musico quando está afinando o instrumento, sabe quando ele dá um “faaaaaaaaaaaaaaaaa” o meu foi um “fuuuuuuuuuuummmmmmmmmmmmmmmmm” afinadinho que não tinha fim, fiquei torcendo para que não entrassem alguém fumando...explodiríamos o posto, imagine a cena...pior que jamais iriam descobrir a causa da explosão, não sobraria merda sobre merda.

Depois que terminei, não antes de dar duas notas curtas, daquelas que nem criança quando brincam de carrinho “pruuuuuuu”, “pruuuuuuuu”, me senti mais aliviado mas o cheiro era insuportável, dava a impressão que todos os vasos sanitários estavam cheios e a tubulação entupida e se chamassem os bombeiros eles aconselhariam a mudar o posto de lugar ao invés de tentar desentupir os canos... que merda.

Voltei para o carro e prosseguimos nosso caminho rumo ao paraíso.

Chegamos ao motel e fomos para nossa luxuosa suíte onde entre um beijo e outro ela sugeriu darmos um pulo na piscina...topei na hora mesmo porque se quisesse brincar de submarino eu já estava com o periscópio no ponto. Enquanto ela foi ao banheiro, mulher tem sempre destas coisa...acho que vai ao banheiro primeiro para dar uma checada (enquanto a gente vai pra dar uma cagada) , ver se está tudo em ordem, pulei na cama e não resisti...soltei mais um peidinho ...e fiquei horrorizado com o fedor...o que será que eu tinha comido pensei, bom, seja o que for...apodreceu, sorte que o pinto não respira senão teria matado ele asfixiado.

Ela saiu do banheiro somente com um fio dental (não limpando os dente, com uma tanga tipo fio dental) exibindo seu corpo exuberante, os seios empinados, cabelos presos e uma gingada no andar que faria passista de escola de samba ficar com ciúmes...ai ai

Ai ai mesmo...senti o bebê de Rosemary dentro de mim novamente...o que fazer? Se peidasse novamente eu mataria ela com certeza ou, no mínimo, azedaria a perereca... travei o fiofó o máximo possível e meio sem jeito disse que era a minha vez de ir ao banheiro...e fui, não antes de ligar o som meio alto...para se precaver contra ruídos estranhos, já sentia câimbras de tanto fazer força para manter ...a boca dele fechada.

Vocês lembram daquela musica ....” era um garoto que como eu .....tá tá - tá tá tá, ta ta – tá tá tá, tá tá - tá tá tá...rá tá tá tá”, pois disparei minha metralhadora...nem o Rio de Janeiro seria páreo para mim e haja merda perdida...quando olhei para o vaso...gente... parecia que estava enferrujado, sabe aquelas pessoas que tem sardas?, pintado inteirinho de cocô...nem cinco descargas foram suficientes para limpar a me..leca, ô vida privada.

Vocês pensam que acabou aí o sufoco? E o cheiro? Como fazer para disfarçar? Peguei uma toalha e comecei a abanar (que nem aqueles eunucos que tem uma pena enorme(de mim))mas o cheiro não arredava pé, dava a impressão que tinha grudado nas paredes do banheiro. Não me conformo como pode caber tanto gás metano dentro da gente, se ligasse uma mangueira do meu fiofó num carro movido a gás daríamos a volta ao mundo, sorte que o pinto da gente não expele o gás, fiquei imaginando ela com meu pinto na boca e ele soltando o peido que dei...explodiria os seios delas no ato...me passou pela cabeça enfiar um preservativo no fiofó para estancar o cheiro se escapasse um peido na hora errada mas logo descartei a idéia quando visualizei o preservativo enchendo e estourando no meu rabo e ela rindo dizendo que era a primeira vez que via um fiofó mascar chiclete e fazer balão...tá loco viu.

Depois de algum tempo, o cheiro minimizou ou foi meu nariz que se acostumou com o cheiro (sei lá), voltei ao quarto ainda meio preocupado com a situação, nesses momentos passam mil e um pensamentos ruins na sua cabeça como: já pensou ela querendo fazer um 69 e eu deixo escapar um tiro destes...fico imaginando ela de olho no meu olho (traseiro) de repente ele dá uma piscadinha pra ela, arregala e fuuuuuuuuuu...meu Deus morte instantânea ou pior...e se no susto ela morde meu pinto...aí solto outro na cara dela...claro, guerra é guerra. Ela se encontrava mergulhada na piscina e sua pele molhada era ainda mais linda, os seios boiavam na flor d’água e os lábios carnudos me chamaram para junto dela.

Esqueci os pensamentos fedorentos e entrei na piscina com ela, braços se abraçando, pernas se enroscando, lábios se beijando, seios me roçando, periscópio pronto para entrar em ação...de repente silencio...fiquei em pânico...nós dois olhávamos para a água como se um monstro fosse submergir...lembrei do filme bolha assassina...vimos aquela bolha apontar na superfície como se fosse um ovo e...ploc...gente do céu...parecia que tinham jogado merda na cara da gente...ela deu um sorriso amarelo e disse:

- Desculpe, escapou!!!

Aproveitei a deixa e respondi no ato:

- Tudo bem, mas vamos embora que perdi o tesão.

Wilson Silvério