Há dias de manhã, que a gente à tarde, não pode sair à noite.
Há dias de manhã, que a gente
à tarde, não pode sair à noite.
Hoje foi um dia mesmo duro.
Quando me levantei e depois de uma noite bem agitada, sonhei que não me deixavam dormir há já varias semanas e ainda por cima tinha de ouvir constantemente o disco do Zé Cabra, fui tomar banho e quando estava bem ensaboadinho faltou a água. Estão a ver como é!. Depois de ter ultrapassado essa situação telefonei para o meu amigo Paulo para saber a que horas nos encontrávamos para o almoço e do outro lado ouvi isto:
Olá, telefonou para o Paulo e a Sónia. Não podemos atender por agora, porque estamos a fazer uma coisa que adoramos. A Sónia gosta de o fazer para cima e para baixo enquanto eu gosto da esquerda para a direita... muito devagar. Deixe a sua mensagem, que logo que acabemos de escovar os dentes telefonamos-lhe.
Como não consegui ligação com o Paulo resolvi ligar ao João que também tinha combinado ir connosco e ouço esta:
Olá. Aqui é o João. Se for da companhia de telefones, já enviei o dinheiro. Se forem os meus pais, por favor mandem dinheiro. Se pertencer a uma instituição financeira de caridade, não me emprestaram dinheiro suficiente. Se és um dos meus amigos, deves-me dinheiro. Se és uma rapariga, não te preocupes, tenho montes de dinheiro...
Mau, mau ! Isto está mesmo a correr mal. Estou a ver que tenho de ir almoçar sozinho.
Saí de casa sem saber muito bem onde iria almoçar e resolvi tomar um cafezinho antes e comprar o jornal. Enquanto saboreava o café e lia as gordas do Jornal de Noticias, três velhotes sentados na mesa ao lado conversavam sobre o melhor modo de se morrer.
O primeiro disse:
- Eu gostaria de morrer num acidente automobilístico, ao bater o meu carro a 200 Km/h
O segundo disse:
- Eu prefiro morrer durante o sono...
E o terceiro o mais velhinho de todos, disse:
- Ah, como eu gostaria de ser assassinado por um marido ciumento!
Ai que isto está a ficar lindo está.
Como não me apetecia pegar no carro meti-me no metro em direcção ao Porto para almoçar no primeiro restaurante que encontrasse, e mal acabei de entrar no metropolitano um tipo que vinha atrás de mim, antes da porta fechar gritou para o casal que o acompanhara:
-Tchau, Sérgio! Adorei o fim de semana! A tua mulher e óptima na cama, muito boa mesmo!
Intrigado, não contive a curiosidade e disse:
-Desculpe. Não me leve a mal, mas o senhor disse mesmo ao tipo que a mulher dele é boa na cama?
E ele confessou-me baixinho:
-Sabe como é... Ela até que não é nada de especial, mas eu não quis ofender o Sérgio.
- Eu não digo, isto ainda vai acabar mal.
Mas porque é que eu não fiquei em casa. Comia uma sopinha e nem sequer tirava o pijama.
Lá me dirigi a um restaurante na esperança de uma refeição calminha e bem servida.
Mandei vir um prego em prato e quando mo trouxeram não resisti e chamei o empregado.
- O senhor já viu o tamanho do bife que me trouxe?
Resposta do empregado:
- De facto não é grande, mas vai ver o tempo que o demora a comer.
Mas não ficou por aqui. Como estava com fome pedi para me trazer uma sopa.
Comecei a comer a dita cuja e…… não acredito.
- Oh, senhor empregado!
- Sim, diga por favor!...
- O senhor quer fazer o favor de me explicar o que está esta mosca a fazer na minha sopa!!!?
Pausa...
- Não sei bem senhor, mas parece que está a nadar de costas!!!
Belisquei-me para ver se não estava a sonhar e respirei fundo para me acalmar.
Pedi a conta e saí rapidamente daquela espelunca. Fiquei tão abananado com tudo o que estava a acontecer que fiquei no passeio a olhar o trânsito completamente apalermado, eis senão quando reparo mesmo à minha frente escrito na fachada de uma casa o seguinte:
Herrar é umano, seus bando de inguenorantes.
Nem sabia se havia de rir ou chorar.
Não!!!! Já chega vou mas é para casa dormir uma soneca que assim não dá para aguentar!