Ouvido não é penico

Lei do silêncio

Em cada município a Prefeitura se torna responsável pela Lei do Silêncio. Para controlar os decibéis, ou seja, o volume, levando em consideração o horário e até o dia da semana em que a poluição sonora é suportável. A lei sendo infringida a Brigada Militar poderá ser acionada. Não confundir com a lei do silêncio que prejudica o trabalho da imprensa.

As razões autoritárias da atividade cultural que defende o barulho e a poluição sonora até altas da madrugada no balneário do Hermenegildo justificam a barafunda musical com o argumento de que atende muita gente disposta na pequena avenida. É injustificável levando-se em consideração a “massa sonora” que invade um número superior de casas após as vinte e duas horas. Cada rock fandango com guitarra e baixo inicia as vinte e duas horas terminando as quatro horas da madrugada a céu aberto.

Em se tratando de “evento cultural” de um Departamento da Cultura, órgão oficioso da Prefeitura Municipal é inaceitável que se entregue a infração, pois infringe a lei e ao bom gosto de ouvido. Deveria ser a primeira a cumprir a lei tornando-a clara para existência de um balneário saudável e peculiar. Pelo contrário, excita os nervos e a poluição sonora se estende noite adentro promovida pela Prefeitura Municipal. Vale repetir que não é o desejo da maioria, pois invade impiedosamente o direito ao sono reparador da maioria indefesa. São enormes caixas de som, postadas bem no alto para toda a geografia do balneário.

A impressão que temos é de que aqueles que querem dormir não devem atrapalhar os que querem fazer barulho, numa tremenda inversão de valores. Segue aqui o meu protesto em nome de todos os trabalhadores que desejam a beiramar, como diria o poeta, até por orientação médica.