A Confissão

-Padre! Eu esta noite pequei!

Foi um pecado que ninguém viu

Ela é casada o prior sabe… eu sei…

Mas foi ela que me seduziu!

-Mas ela, Quem?

( Indaga o confessor…)

-Ela que se confesse também,

não serei eu o delator!

-Ouve lá ó meu pateta:

Foi a Isabel Fonseca?

Ou a Maria do Talho

-Minha boca está selada!

Jurei não falar nada…

-Ah! – volta o padre

-Foi a Maria João

Dali… da casa do pão?

-Já disse que não revelo!

-Terá sido a Catarina

Que trabalha na cantina?

-Padre isto não faz mais sentido

Não aperte mais comigo

Um dia desapareço

E nunca mais me confesso

-Deve ter sido a Pasteleira

Saiu-me cá uma rameira…

O Padre já sem paciência

Decretou-lhe a penitência

Que o João logo cumpria

Enquanto as ave-marias rezava

O dono do talho ajoelhava

Perguntando-lhe ao ouvido

- Então ó meu “sacrista”…

Conseguiste obter a lista?

-Este padre sabe tudo…

Tem tanta mulher aqui

Fazendo homem chifrudo

Como antes nunca vi!!!

Por favor não me leves

A escrever o que não queria

Na lista que me pedes

Também consta uma Maria!...

(Por especial deferência de

AGIL.

Autor da anedota inicial,

postada numa outra composição minha)

JoseMota
Enviado por JoseMota em 18/01/2009
Código do texto: T1391599