FÉRIAS NA FAZENDA DE UM AMIGO.

Reza a lenda que lá pelo interior das Minas Gerais, encravada em terras férteis, existe uma pequena cidadezinha de nome Amanhece. E la residia este ser que voz escreve. Vamos aos fatos. Naqueles idos pelo meus dezoito anos, resolvi passar alguns dias de férias em uma fazenda de um amigo. Em lá chegando, fomos desfazer as malas nos grandes quartos desta antiga fazenda.

Algum tempo depois já estabelecidos no lugar e de tomarmos a água pura da bica que nasce logo acima do capão da Onça, respiramos aquele ar puro da brisa e fomos dar umas voltas a cavalo em torno de fazenda.

Foi quando a progenitora do meu amigo nos pediu que pegássemos um frango da asa quebrada que militava por naquelas redondeza para que o próprio ornasse aquela mesa enorme de madeira que já nos aguardava para um almoço farto.

Foi quando Arnaldo, mano no meu amigo gritou lá atrás de uma quadrilha de bananeiras...O que o dito cujo fazia, não poderei dizer neste exato momento de almoço de um alguém que esta lendo o texto.

-Este frango não esta com a asa quebrada não, ela esta só avariado.

No que a mãe do amigo retrucou:

-Mas pega ele assim mesmo uai!

Arnaldo, ainda por detrás das bananeira gritou:

-Vamos pega este trem de frango mesmo!

Feito isto, lá fomos nós em uma correria infernal atrás do dito cujo penoso. O galináceo muito arisco não deixava a nossa aproximação para a referida abordagem, ou seja, o bote fatal.

Foi quando me ocorreu a ideia de deixa-lo a vontade com o pensamento de que havíamos desistido de vê-lo no espeto espalhando alguns punhados de milho ao seu redor.

Bom, para encurtar conversa ficamos eu, o Zé meu amigo e o seu irmão Arnaldo, atrás de uma moita de Erva-Cidreira negociando de como seria feito a prisão do meliante penoso frango, o qual, faria da nossa mesa uma fartura naquela manhã de sol escaldante.

Com efeito conseguimos nos aproximar da dito penoso, alias, galináceo Ruck, de tão enorme.

Com o nosso aproximar notamos que o penoso pastava, aliás comia né, o milho que havíamos jogado no intuito de pega-lo. Qual não foi o nosso espanto e surpresa ao aproximar ao lado do penoso de asa arrebitada, notamos que não somente ele não estava como a asa quebrada como também o que havia debaixo da sua asa supostamente quebrada. Uma baita de uma caixa de Marimbondo Cavalo que fazia moradia ali já alguns meses sem pagar aluguel algum, os quais, nos impediram, é claro, de declara-lo preso para a tão esperada degustação naquela panela de ferro à moda antiga, a qual já estaria a espera do penoso em um fogão de lenha com água fervente. Bem, em outra ocasião vocês me lembrem de contar a história de uma mangueira florida nesta mesma fazenda, da época dos escravos, que de tão velha de vez em quando ela nos dá melancia, em outros anos ela nos brinda com Jacas e outras frutas de época. Este ano por exemplo ela nos deu jabuticaba.