ENTRE O DESEJO E A RAZÃO
Dilema assolador vem te obrigar a optar dentre o gentil respeitador e o cafajeste que te assedia;
Por qual dos dois o teu amor se renderia? A quem tem leito almejaria a si dispor?
Seria porventura ao bem polido que te traz a flor ou ao degustador que no teu corpo faz folia?
Tal como aristocrata um deles te faria, porém o outro te levaria ao submundo do despudor!
A gentileza do monarca educado adoçaria certamente o teu ego com sofisticação;
O outro, com seu cheiro de predador sem intimidação, viria sem roteiro ou compromisso;
Se dum lado há um paraíso sem risco, no oposto reina o prazer sem moderação;
À direita quem te corteja o coração, e à esquerda um mar de orgasmo maciço!
Por qual olhar o teu olhar se enamora mais voraz?
Por este repleto de boas intenções e paz ou por aquele que te despe sem permissão?
Queres o fidalgo a te pedir a mão ou hás de preferir quem não te requer, porém te satisfaz?
Que filme estampará o teu cartaz? O puro romantismo ou a libidinosa produção?
Tu és protagonista sobre a ponte erigida entre o bom moço e o glutão assediador;
Tua consciência pede um grande amor, mas teus instintos sugerem prudência somente pra depois;
Melhor comer feijão com arroz ou há de se nutrir noutro cardápio mais apimentador?
Perante dilema tão atormentador, será que optarás pelos dois?