CÃO ELEITORAL
 
Em época de política se vê de tudo
Eu tinha um cachorro que andava sempre ao meu lado, como estava em época eleitoral eu andava com ele ao meu lado para não ser assediado por tantos candidatos que insistiam em “cantar” meu voto.
Pois um desses destemidos candidatos se achegou a mim e veio todo solicito e abraçou-me e pediu meu valioso voto sem se importar com o cão.
Eu como que incrédulo indaguei ao político se ele não tinha medo do cão, e este me respondeu com um enorme sorriso.
- Qual o que meu jovem! Este animal e você conhecem os bons políticos e vocês são meus grandes cabos eleitoral.
Eu fiquei pasmo diante da resposta daquele senhor e indaguei:
- Cabo eleitoral do senhor? Nós? Como assim?
- Eu lhe explico, é que eu reparei muito este animal de longe e vi que toda vez que alguém se aproximava dele logo te perguntava: Morde? Ao passo que você respondia:
Não amigo! Esse aqui “só te cheira, só te cheira”.
E como meu slogam nesta campanha é:
“Aqui Candidato não tem outro, é só teixeira”.
- vou contratar vocês dois a partir de hoje para vocês poderem fazer boca de urna para mim sem serem incomodados.
eu fiquei intrigado com a proposta e perguntei:
- como que vamos fazer boca de urna para o senhor sem sermos incomodados pela justiça eleitoral?
- é simples, você leva o cachorro e fica de frente ao colégio eleitoral, quando alguém te perguntar se ele morde você responde em alta voz:
 “só te cheira! Só te cheira! Só te cheira!”.


Marcelino Rocha
Enviado por Marcelino Rocha em 07/12/2008
Reeditado em 07/12/2008
Código do texto: T1323173