Tudo acabado
Qual de nós
Simples mortais
Nunca se deparou
Com a seguinte situação
Aquele frio na barriga
Desconfiança e tom de despedida
As coisas mudaram de tal maneira
Que não vai sobrar tomate na feira
O telefone toca
Vem aquele pedido
"Vamos conversar, precisamos definir"
E não tem pra onde correr
As mãos ficam úmidas
Os pensamentos nem sabem como se ordenar
Chega o momento de clímax
E as lágrimas teimam em rolar
Muitos pedidos de desculpas
Afirmações de não ter intenção em magoar
Mas não tem jeito
Esta feito, rei morto, rei posto
Pois é meu amigo
Como diz ai na praça
Foi mais um a levar
Um belo pé na bunda
Por mais que te afunda
Ele te empurra pra frente
Isso mesmo, siga a diante
Não barre o novo, avante
Quantas canções
Narraram tal tragédia
Ou talvez uma comédia
Com o passar dos dias
Falando em canção
Como dizer não
Que basta "levantar, sacudir a poeira"
"E dar a volta por cima"