A datilógrafa
Em 1975, eu era gerente de agência de um banco estadual. Um dia, o Diretor-Geral telefonou-me:
- Antonio, tem uma gatinha aí, apadrinhada de um figurão local, que foi nomeada como escriturária. Bota a moça aí como datilógrafa e vamos ver o que ela sabe.
Recebi a moça – um avião, diga-se de passagem – dei-lhe algumas instruções sobre as tarefas que iria desempenhar e, finalmente, passei-lhe uma série de ofícios para ela datilografar.
Depois de alguns minutos, observei que ela estava parada, examinando o teclado da máquina com um ar preocupado:
- Qual é o problema, minha linda?
- Seu Antonio, que coisa, acho que esta máquina tem defeito.
- Defeito, como?
- Olhe só: tenho que datilografar a palavra “cooperativa”. Mas não encontro a tecla dos dois “o”. Não é defeito da máquina, seu Antonio?