A MARANGA E A PADEIRA

A MARANGA E A PADEIRA

Dia gostoso, chuvoso caindo aquele respingo frio aumentando a fome da gente. Na padaria a fila alonga-se, ao mais que derrepente surge uma figura estranha vestida com um uniforme azul escuro com babados brancos de emprega doméstica exigindo ser atendida na frente dos outros:

- Atendem-me logo porque eu deixei o portão aberto.

Maranga esse termo nunca foi pó você usado o que quer dizer? É a baranga magra é só isso.

Como a fila não anda ela insiste de novo:

- Por favor, atendem-me, o portão está aberto; não tem ninguém para me atender não. Quero quatro reais e cinqüenta centavos de pão.

A fila continua lenta e ela continua a insistir:

- O portão está aberto dêem-me os pães.

Então a padeira nervosa com aquela insistência sem nem olhar à Maranga continua os seus afazeres dizendo:

- A fila é por ordem de chegada...

- Mas o meu portão está aberto. Essa padaria só era boa quando ainda tinha o dono velho o Gilberto. Aquilo sim que era padeiro.

Pelo que se recorda essa transição de dono da padaria faz mais de dez anos.

Moral da estória:

- É melhor a maranga da próxima vez fechar o portão do que a padaria mudar de dono.

Goiânia, 18 de novembro de 2008.

jurinha caldas
Enviado por jurinha caldas em 19/11/2008
Reeditado em 19/02/2010
Código do texto: T1291457
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