As mocinhas da cidade
Tarde modorrenta, na pracinha, embaixo da paineira, os compadres:
- Arde!
- Arde!
Prá num cansá as ôreia docêis, u texto em portugueis.
a) A mocinha, serelepe, em visita aos parentes do interior, tendo levado sua bicicleta e sua cachorrinha de estimação,(para um retiro junto à natureza) uma chiuhahua mini, depois de alguns dias percebe que a criatura, no contato com o sertão apanhou uma micose fúngica terrível. O pêlo caiu, o couro avermelha-se em coceira, e a bichinha sofre. Sem um PET SHOP, um veterinário, arrisca-se a consultar a única fonte curadoura da cidadezinha, A "Véia Dita", benzedeira de fama, após examinar a cadelinha, diz:- "Minha fía, as cocêra só pode sê curada cum linimento da botica do nhô Zé. Leve esse papélinho prêle. A moça, pega a bicicleta, usando um shortinho, um tópzinho, e vai providenciar a mezinha. Lá chegando, um velhinho de ar bondoso pega a "receita", pede que aguarde um instante, entra atrás da divisória e volta com um vidrinho de um líquido escuro. Entrega e avisa:- Minha filha, cuidado, essa fórmula é muito ácida, cáustica mesmo, aplique com cuidado. A moça então diz:- Não se preocupe, é só para passar na chiuhauha. E o velho, paternal: Víiixe! Vai ficar sem andar de bicicréta uns quinze dias!...........................
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Outra doce criatura vai passar o carnaval com os parentes no interior de mingerais. Casa simples, barrote e pau-a-pique(taipa de pilão pros reporteres da TV) com os insetos conhecidos, e outros nem tanto. Sossêgo, leite puro, frutas frescas, canto de passarinhos,banho de rio, etc., e no fim de semana um bailão na
cidade mais próxima. Na segunda feira nota uma marca roxa no pescôço, uma coceira diferente, volta prá cidade, vai ao médico.
O esculápio, calejado em doenças tropicais e sertanejas, após exame, declara: Minha filha, isso é chupada de Barbeiro( doença de chagas).
E a menina, posséssa :- Filho de uma lazarenta, me jurou que era engenheiro!....................................