COM CASCA E TUDO
Jô Formigon é uma dessas pessoas que têm uma ligeira aversão à realização de atividades laborais fora do ambiente familiar, por mais simples que elas sejam, ainda que em contrapartida lhe seja pago uma boa remuneração por isso.
Seu aspecto enfadonho aliado às suas perguntas recheadas de impropérios e seus gestos pouco amistosos causam incômodo a todos que têm a falta de sorte de conhecê-lo, principalmente àquela pessoa com a qual ele divide um espaço na cama na hora de dormir.
O seu questionamento mais recente, dirigido de forma enfática a essa pessoa de seu convívio familiar, ocorreu justamente no momento em que ela retornava exausta do trabalho e tem o seguinte teor literal:
- Querida, eu não consigo entender as razões que têm levado você a sair de casa todos os dias, se enclausurar naquele seu ambiente de trabalho o dia inteiro e só voltar à noite na hora de dormir e o que é pior: cansada pra lá da conta.
Ela fingiu que não ouviu nada do que ele falou e continuou trabalhando, desta feita preparando o jantar para ele e seus três filhos pequenos.
Ele, como de costume, ficou andando de um lado para o outro da cozinha, fiscalizando passo a passo o desenrolar das atividades laborais caseiras desempenhadas por ela, à procura de defeitos e/ou eventuais falhas.
Ela continuou trabalhando, porém um pouco mais intranquila que antes. Se antes ela mantinha-se calma enquanto descascava algumas batatas, agora ela já não fazia mais isso com a mesma serenidade e as colocava na panela com casca e tudo.
- Ainda bem que aquele “casca-grossa” não está vendo nada disso – murmurou aliviada aquela “santa” dona de casa.
Ele, como de costume, de forma sorrateira, acabava de sair da cozinha após ter “assaltado” a única maça que restava na geladeira e, para não ser notado, a engoliu com casca e tudo.
Seu aspecto enfadonho aliado às suas perguntas recheadas de impropérios e seus gestos pouco amistosos causam incômodo a todos que têm a falta de sorte de conhecê-lo, principalmente àquela pessoa com a qual ele divide um espaço na cama na hora de dormir.
O seu questionamento mais recente, dirigido de forma enfática a essa pessoa de seu convívio familiar, ocorreu justamente no momento em que ela retornava exausta do trabalho e tem o seguinte teor literal:
- Querida, eu não consigo entender as razões que têm levado você a sair de casa todos os dias, se enclausurar naquele seu ambiente de trabalho o dia inteiro e só voltar à noite na hora de dormir e o que é pior: cansada pra lá da conta.
Ela fingiu que não ouviu nada do que ele falou e continuou trabalhando, desta feita preparando o jantar para ele e seus três filhos pequenos.
Ele, como de costume, ficou andando de um lado para o outro da cozinha, fiscalizando passo a passo o desenrolar das atividades laborais caseiras desempenhadas por ela, à procura de defeitos e/ou eventuais falhas.
Ela continuou trabalhando, porém um pouco mais intranquila que antes. Se antes ela mantinha-se calma enquanto descascava algumas batatas, agora ela já não fazia mais isso com a mesma serenidade e as colocava na panela com casca e tudo.
- Ainda bem que aquele “casca-grossa” não está vendo nada disso – murmurou aliviada aquela “santa” dona de casa.
Ele, como de costume, de forma sorrateira, acabava de sair da cozinha após ter “assaltado” a única maça que restava na geladeira e, para não ser notado, a engoliu com casca e tudo.