Crise financeira, Bolsa de Valores e o Divórcio

Meu amigo Mário Sérgio é muito espirituoso e sempre de um humor bastante inteligente.

Por exemplo, quando falávamos de loterias, disse-me que já havia ganhado duas vezes a velha conhecida e perseguida "raspadinha".

E quando perguntávamos quando fora esse privilégio, dizia ter sido quando a sua esposa tinha feito cesariana, nos nascimentos dos dois filhos... ela voltava para casa sempre "raspadinha"...

Como morávamos próximos um do outro, também na periferia da capital paulista, bem longe onde trabalhávamos, havia certa dificuldade de explicar onde era o nosso domicílio... então ele explicava aos que perguntavam da seguinte forma:

-“O Sr. sabe quando o homem do tempo fala se vai chover ou não e onde? Então, aquele cara da metereologia, quando diz que chove em "pontos isolados", está falando de onde moro, isso... é lá mesmo naquela região isolada do mapa...”

Mas agora, com essa crise financeira, iniciada com as chamadas sub-prime americanas (calote generalizado dos mutuários da casa própria lá) atingindo o mundo todo, eu nem tenho feito mais consultas de minhas posições de ações, pois bem sei que o prejuízo tem sido muito grande, mas... que se há de fazer, eu esperava me aposentar com uma situação um pouquinho melhor, mas, como diz o conhecido ditado: “o pão do pobre sempre cai com a manteiga prá baixo...”

Mas , voltando ao tema, chega meu amigo Serginho, para me animar dizendo que essa quebra da Bolsa de Valores, é mais catastrófica e estressante que o divórcio.

Já vendo a cara do malandro, pergunto-lhe para saber o porquê, e ele explica:

- "É que além de ter perdido a metade dos seus bens, você ainda continua com a mulher"...

MARCO ANTONIO PEREIRA
Enviado por MARCO ANTONIO PEREIRA em 16/11/2008
Reeditado em 16/11/2008
Código do texto: T1286269
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