Ao Sr. Orgulho. Confidencial.

Campinas, 11 de Outubro de 2008 09h40 p.m

Sr.Orgulho,

Venho através desta carta mostrar o quanto a sua existência é insignificante para mim.

Desta forma, apresento-lhe o que melhor o define.

-Exagerado conceito que faz de si próprio: Sempre cheio de artifícios, uma habilidade dolosa incrível de contornar a situação e colocar tudo a seu favor.

-Sentimento elevado da sua dignidade pessoal: Sempre situando-se não só a frente, como acima de tudo e todos. Soberano.

-Soberba: Sempre presunçoso, arrogante. Dominador.

-Pundonor: Sempre descarado, uma petulância sem limites. Insolência.

-Brio: Sempre garboso. Pomposo.

-Vaidade: Sempre vanglorioso, frívolo. Futilidade.

-Empáfia: Sempre enfático, ostentação. Altivez.

Aquilo que alguém pode orgulhar-se? Nunca!

Ter ufania, regozijar-se? Impossível!

Em minhas veias? Ódio!

O que sinto? Asco!

Penso? Repugnância!

Olho? Detesto!

Faço? Abomino-te!

Paira? Antipatia!

Fica? Rancor!

Espero que tenha ficado evidentemente claro o que penso sobre ti.

Caso contrário, favor responda-me, terei enorme prazer em, segundo a lei de Lynch, executar sumariamente outra carta apupando-te.

Agora, sairei à francesa...