-Que demora, Jorgina! Porque demorou tanto tempo para ir ao mercado? Queria morar lá?
-De modo algum patroa; pois é que os raio dessas casas são tudo parecida sô, i dispois cê num sabe entrei no 17, pensando que era aqui uai. Fui casa dentro, e dei de cara com um homem pelado.
-O que está dizendo?
-Sério miesmo patroa. Nunca mais entro em casa sem antes olhar o número desse trem.
-Logo voçê se acostuma. Isso aconteceu por que está aqui há pouco tempo. Mas, voçê comprou o que tinha que comprar.
-Claro patroa.
-Então até mais tarde, prepare o jantar que logo estarei em casa.
 Dona Beatriz saiu; e a Jorgina foi preparar o jantar.
 Após meia-hora(....), a camapanhia tocou, Jorgina ao olhar pela janela para ver quem era, viu uma senhora bem velha com uma muleta, um óculos fundo de garrafa e muito mal-humorada.
 Jorgina não a conhecia, mas foi atender a porta.
-Está olhando o quê! Me ajude a entrar logo sua imprestável, não vê que estou cansada, prestes a ter um infarte neste sol!
 Jorgina então a colocou para dentro da casa.
-Mais, quem é a senhora? Perguntou Jorgina.
-Fale mais alto! Não percebeu que sou surda, cega e aleijada. Além do mais leve-me logo a poltrona, vou descançar um pouco até minha sobrinha chegar.
 E Jorgina acomodou a velha na poltrona.
-Vem cá Maria, sua voz está diferente o que houve?
-Maria? Meu nome é Jorgina estou aqui há oito dias.
-Oito dias, por isso não me conhece, tem mais de um mês que eu não venho aqui. Sou tia da sua patroa. Cadê ela?
-A patroa saiu.
-O quê?
-Saiu.
-Fale mais alto!
-SAIUUU!!!
-Tá, tá não precisa cuspir em minha cara, também ela só sabe bate perna.
-O sua imprestável, me traz uma xícara de café, bem quente com uma dose de cachaça, mas antes tira meus sapatos e me passa as almofadas.
 E Jorgina foi fazer o que a velha pediu, quando voltou encontrou a velha dormindo.
 Duas horas mais tarde..........
- JORGINA!!!!! Quem é essa velha?
- Sua tia uai, veio visitar oçê.
-Que tia Jorgina, eu não tenho tia, acorda essa velha logo.
-Tá bom patroa. Dona, acorda. Acorda Dona. Patroa essa veia morreu, tá respirando não.
-Como morreu! Voçê está louca.
 E Dona Beatriz esbofetiava a velha e nada acontecia.
-Morreu mesmo, e agora?
 A campanhia tocou, era o malandro do namorado de Jorgina.
-Vou atender, tive uma idéia. Disse Jorgina.
 E Jorgina, com sua patroa e o namorado colocaram a velha no táxi dele e disseram que ela teve um infarte a caminho.

Edu Camargo
Enviado por Edu Camargo em 02/10/2008
Código do texto: T1207728
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