ACIDENTE DE TRABALHO
Renato e supervisor da empresa e por um acaso do destino on-
tem saimos no mesmo horario.
Ja haviamos dado alguns amassos gostosos no fim do ano e isto
me deixou com um gostinho de quero mais.
Na verdade eu o ignorava por puro capricho, mas ontem quando
chegamos na garagem do predio ele me pegou de um jeito que
perdi a razão.
Antes eu tivesse ficado na minha, se soubesse o que aconteceria.
Mãos aqui, acola, beijos molhados, respiração ofegante e um
incontestavel desejo.
Quando ele me puxou ate o banheiro da garagem me rendi e
sobre a pia me pos sentada.
Suas maõs foram proporcionando deliciosas sensações e quando
ja estavamos envolvidos pelo calor dos nossos corpos o inevita-
vel aconteceu.
Um barulho seco e agudo e a pia se quebrou me lançando ao
chão.
Gargalhei sem noção da gravidade e no momento em que ele me
ajudou a se levantar percebi o estrago.
Parte da louça havia cortado meu bumbum, a dor era terrivel e o
sangue pingava manchando tudo.
Ele de faces rosadas foi ficando de um branco palido e mal conse-
guia falar.
Ve-lo gaguejar me deixava ainda mais em pânico e comecei a gar-
galhar de pavor.
Nos olhavamos sem reação como dois adolescentes diante de um
delito.
Neste momento o zelador que havia ouvido o estrondo abriu a por-
ta.
Da bronca ao riso diante da cena foi fração de segundos.
Renato pediu, implorou a ele que nao contasse a ninguem sobre o
ocorrido.
Ele fazia charme divertido diante do nosso constrangimento e de-
pois de certo misterio ele nos disse leve ela ao hospital.
Quando pensei que vergonha maior nao existisse eis que a encon-
tro.
Na emergência do hospital não soube explicar o que havia ocorrido
e o Renato teve a infeliz idea de dizer, acidente de trabalho.
O medico que nos atendia deu uma sonora gargalhada e mandou
que eu fosse a sala de sutura.
De bumbum para cima enquanto ele dava pontos no corte, ouvi
ele ainda sarcastico me perguntar deve ser um trabalho este teu
bem arduo, afinal dez pontos no bumbum nao e para qualquer uma.
CAMOMILLA HASSAN