Diálogo do Falo...

Entre a sedução e a oração

Dialogam ‘falos’ em excitação

Um doce entalho no embalo

Brincam jogando baralho

Permitindo-se à insinuação

Tipo caxeta ou buraco

Em gruta tão úmida e santa

O maestro com sua batuta

Clamando o perfume de fruta

Eleva o membro para sua luta

Entre a confissão e o pecado

La vai o esperto e danado

Palavras ousadas sobre o falo

Ele declama meio assanhado

Astuto em suas doces perícias

Almeja mergulhar nas delícias

Em mais duma prece e síntese

Insinua-se com suaves malícias

Delirante em insinuantes carícias

Percorre as bordas e os cantos

Espaço e recanto escondidos

Ele busca saliente e calado

Falo que aquece e apetece

Por quem tantos padecem

Entre pecado e gozo sentidos

Navegam orgasmos vividos

No aconchego de tanto gosto

Valioso, gostoso e cheiroso

Liberto em cada gota de mel

Produz enlaces como carretel

Falo santo… falo endiabrado

Exerce nela poder insaciado

Languidez doce e inesquecível

Na maciês do corpo invencível

Do que eu calo e não mais falo

E nem te conto o que eu apronto

Entre os embalos das madrugadas

Os sonhos deliram suas jornadas

E nas tardes de loucuras safadas

Fazem amor de forma apressada

Falo que tanto se quer falado

Você é um moleque bandido

Entre a santidade e a safadeza

Realiza e investe suas proezas

No prelúdio de cada atividade

O falo prepara sua lubricidade

Entre enlaces da língua ousada

O falo cai na boca das linguarudas

E a urgência da segura entrada…

Corre o risco de uma bela mordida

Um falo para ser bem falado

Precisa ser endiabrado

E bem aconchegado!

O que só é apropriado...

Aos poetas bem ousados.

Em versos de falos dialogados

Dueto: Salomé & Hilde

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 10/09/2008
Código do texto: T1171254