FABULÁRIO 12 O COLIBRI E O GAVIÃO

Um gavião voava a procura de uma presa que lhe saciasse a fome com o calor atrapalhando suas pretenções por estarem todos ao abrigo do Sol.

- Assim morro de fome, nenhum camundongo.

Pensava atento as folhagens.

A visão do gavião não estava em situação de exigências pois, o que viesse servia, já que as coisas andavam pretas e achar algo estava difícil.

- Vou ter que mudar meu rumo, tudo por aqui vai feito pena de urubu.

E já pensava em voar para a parte norte da Floresta Negra, perto da Matinha dos Macacos, onde havia vasto campo de caça, embora a conveniência lhe aconselhasse a manter-se afastado dalí por causa das ariranhas, apreciadoras de carne de aves e o gavião (não se esquecia disso). e que queria algo dentro de sua barriga e não entrar em alguma outra em derradeira vez.

Afastando de vez tal idéia, pensou seguida no Rio Sombrio, onde vez por outra davam espetaculares saltos no ar, irrequietos peixes, fazendo a festa de qualquer martinho pescador, tanto que eles tinham morada certa nas proximidades, pensamento que afastou também por que o martinho pescador tinha rixa com uma coruja e entrar nessa briga não lhe agradava nada.

- E essa fome me apertando! -Pensava.

Fez novo sobrevôo pousando em seco galho de paineira, perto de floridas margaridas quando sente a aproximação de algum passaro, cujas asas sibilavam no ar com ruídos que lhe permitiram logo notar a presença de pequeno pássaro.

- Ora, mas é um colibri do jardim florido.

Ele será minha refeição rápida por ora.

E prepara-se para que sem perda de tempo, no abrir do bico (dele, o gavião) o colibri já caisse na sua barriga numa bicada que não poderia durar muito por economia de tempo, pois a caça era muito pequena e de rápida digestão, sem contar que o bico os pés e as penas não serviam.

Sem saber do negro destino que lhe rondava, o colibri agradou de um alecrim do campo e já preparava-se para sugar o néctar de suas flores quando, o gavião lhe avança mas no reflexo ele consegue escapar de uma pesada asa que se o atingisse não lhe daria chance sequer de saber o que aconteceu dado ao fim imediato que teria.

- Mas o que é isso? - Pergunta-se mais atento e voando em rodopios de um jeito que quase deixa o gavião tonto, e recuperado dá nova investida, sem sucesso como da primeira vez.

- Vou mostrar a esse gavião que ele mexeu com o alguém errado. - decide o colibri que passa a atacar o gavião duas vezes mais rápido tentando acertar-lhe os olhos´.

- Mas que isso? - esse colibri acaba me cegando desse jeito, vou ter que sair fora.

E o gavião sai voando mas o colibri vai atras , sem qualquer alívio.

- Esse gavião precisa lembrar que comigo não tem vez agora e toda vez que ele me ver por perto . E da uma investida no olho da ave de rapína que se safa imprimindo velocidade no vôo com o colibri atrás, só parando apos refugiar-se numa mata acabando a perseguição, sabendo que não queria mas mexida com aquele colbri. aliás, colbri algum.

- Caramba, quase me dei mal, esse colibri é rápido e se não fico esperto ele me deixaria sem ver a luz do Sol.

O colibri por sua vez evitou entrar na Floresta Negra por ser ali um refúgio de cobras na parte baixa, lembrando que o bote de uma cascavel era de uma rapidez invejável, e recorda de uma certa feita um beija flor seu conhecido foi buscar néctar numa dessa flores resteiras, e descuidado foi surpreendido por uma cascavel cujo bote foi tão rápido que pensou-se que o minúsculo pássaro desapareceu no ar. (Bom, na verdade desapareceu mesmo mas não do jeito que eu tento explicar). O certo é que ao lembrar disso o colibri ganhou o céu indo pro lado de um morro qualquer da parte aberta perto de uma encosta certo que o gavião não o molestaria mais pois iria buscar algo mais fácil de digerir.

MORAL: "Quando as coisas parecem fáceis na verdade são bem mais difíceis".

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Pacomolina
Enviado por Pacomolina em 05/08/2008
Reeditado em 25/04/2009
Código do texto: T1113535
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