OUVIU O QUE NÃO QUIZ
Na labuta diária de todos nós, tem hora que, de tensão e extresse
a gente desabafa com qualquer um, inclusive lhe ofendendo, e, às
veses, isso não nos fica barato, leiam esta história:
Um lavrador, com costume nada convencional, de, qualquer coisa
lhe dando errado xingava o pai, a mãe e tudo o mais, e, foi numa
sexta-feira santa que este episódio aconteceu:
De manhã cedo, seis horas, o lavrador pegou sua junta de bois e
colocou-os no carroção para ir buscar pasto aos demais animais
que se precisava tratar no mangueirão.
Ocorre que, ele, sendo um tanto que nervoso, e, por ser um dia
feriado, o xingamento que fêz aos bois naquele dia lhe custaram
muito, a ponto de deixa-lo desesperado.
Depois de ter colhido o pasto e regressado e posto os bois no
piquete e ter ido tratar dos demais animais, ouviu umas vozes estranhas vindas lá do piquete dos bois.
Chegou bém perto, curioso, e, teve uma surpresa nada agradável
pra seu gosto, pois os dois bois estavam a conversar, e diziam,
tristes, que uma tragédia iria acontecer.
Um dos bois dizia assim ao outro:
_ Malhado, meu parceiro, amanhâ, nós vamos levar nosso dono
para a sua última morada, e será nosso último trabalho aqui nesta
fazenda, pois vamos morar na outra ali do outro lado da estrada.
O patrão, meio que zonzo com o que ouviu dos bois, saiu pensando,
ora, é so loucura minha, boi falar, desde quando?
Mas, o dito pelos bois se cumpriu, e, após uma noite agitada sem
poder dormir, no que quis pegar no sono o dito bravo e ateu morreu,
e, a viúva negociou os bois com o visinho de fazenda.
''QUE NÃO SE DUVIDE DAS COISAS OCULTAS, ELAS EXISTEM''.