OS SABUGOS NA FRANCE (cor)
(corrigido)
Em algum lugar do reino encantado existe uma cabeleleira pelo nome de France, é claro nome mais que fictício a fim de evitar processo.
Acontece que de acordo com seu empenho, ela conseguiu ficar livre do seu marido, que ocupava um cômodo anexo de seu salão onde ele, biscateava, no bom sentido consertava, secadores, aspirador de ar, máquina de lavar roupa amolava tesouras, alicates de cutícula e principalmente “barulhava” todas as mulheres independentes de estado sexual, cor, tamanho rabo etc. Ao ver uma passar do outro lado da rua, assoviava, acenava e quase sempre conseguia ganhá-la.
A France vendo que a atitude do marido depreciava o seu ponto comercial resolveu arrumar outro lugar para ele trabalhar.
Conseguiu. Contrato feito tudo assinado conforme a lei...Mas não é que o vagabundo continuava o mesmo. Não havia mudado nada, só que atrasava o aluguel. O senhorio então no momento de um Estalo de Vieira, resolveu despejá-lo. Só que como consta a ética e os bons costumes da sociedade, resolveu primeiro telefonar para France, alegando que ele perdoava todo o aluguel atrasado se lhe fosse devolvido o cômodo até o dia 30 de junho. Mas nada, mas um mês, dois...Então o senhorio volta a lhe telefonar e ela sai com a seguinte conversa:
- P'ra sair do cômodo a gente quer vinte milhão...
Desligado o telefone o senhorio entrou por intermédio de um advogado com uma ação de despejo, no que foi atendido rapidamente.
Como era véspera de Natal, ele, o senhorio passou em uma feira livre, em uma banca de milho verde, pegou 20 (vinte) sabugos de espigas de milho, condicionou-as em uma caixa de papelão, fez um pacote de presente e mandou um motoboy entregar à France com um bilhete :
- USAR TUDO NUMA FELIZ ENTRADA DE NATAL
Goiânia, 11 DE JULHO DE 2008.