O DESAFETO DO PERU
O peru tem andado meio chateado com a onda de intrigas e de fofocas que o pavão está fazendo acerca do seu modo de ser; talvez por tê-lo visto, reiteradas vezes, assediando uma das peruas mais cobiçadas da fazenda do Seu Nicanor.
Essa atitude mesquinha, vinda de uma ave de beleza rara e de bela plumagem tal qual o pavão, está sendo repudiada severamente pelos demais ovíparos ali existentes.
Acredite se quiser, mas assim como acontece no dia-a-dia dos racionais, alguns animais irracionais alados também morrem de inveja uns dos outros. Às vezes, a situação de intriga entre eles é tão caótica que chega a necessitar da intervenção “amigável” daquelas aves que têm o hábito de levar os outros no bico, tais como a cegonha, a águia, o gavião, o carcará e o urubu.
O peru, por ser um ovíparo de atitudes e hábitos moderados, não se conforma com o que vem acontecendo com ele. Já apelou até para a pavoa, amiga íntima do pavão, pedindo sua intervenção no caso em tela, mas nada disso tem dado certo. O pavão continua irredutível com a pretensa intenção de tirar a calma do peru e de deixá-lo nervoso a qualquer preço.
Não se conformando com a popularidade do peru e para deixá-lo ainda mais atribulado, o pavão tem publicado comentários sórdidos nas colunas sociais das altas rodas por onde andam todas as peruas que freqüentam o seu poleiro, a respeito do jeito faceiro desse ovíparo andar.
Dia desses, após ser insultado duramente pelo pavão, o peru foi obrigado a lhe dizer alguns desaforos. Bastante irado e rebatendo os impropérios desferidos pelo seu desafeto, arrastou as asas de um lado para o outro e disse-lhe as seguintes verdades:
- Pavão, pare de cuidar da minha vida. Eu sei que seu maior desejo é ser um dos nossos. Tanto isso é verdade, que você e os seus compatriotas não param de andar por aí, de um lado para o outro, arrastando suas asas, com queixos e narizes empinados e até aceitam ser chamados de “peru metido a besta”.
- Meu caro pavão, pare com essa sua mania absurda de querer ser eu e de querer esquentar a minha cabeça à toa, pois por mais que você queira me imitar, andando do jeito que eu ando, ouriçando suas asas como eu o faço, você não irá conseguir ser um peru e nem freqüentar os mesmos lugares que eu freqüento, com a mesma facilidade...
- Xô, pavão invejoso, xô!
O peru tem andado meio chateado com a onda de intrigas e de fofocas que o pavão está fazendo acerca do seu modo de ser; talvez por tê-lo visto, reiteradas vezes, assediando uma das peruas mais cobiçadas da fazenda do Seu Nicanor.
Essa atitude mesquinha, vinda de uma ave de beleza rara e de bela plumagem tal qual o pavão, está sendo repudiada severamente pelos demais ovíparos ali existentes.
Acredite se quiser, mas assim como acontece no dia-a-dia dos racionais, alguns animais irracionais alados também morrem de inveja uns dos outros. Às vezes, a situação de intriga entre eles é tão caótica que chega a necessitar da intervenção “amigável” daquelas aves que têm o hábito de levar os outros no bico, tais como a cegonha, a águia, o gavião, o carcará e o urubu.
O peru, por ser um ovíparo de atitudes e hábitos moderados, não se conforma com o que vem acontecendo com ele. Já apelou até para a pavoa, amiga íntima do pavão, pedindo sua intervenção no caso em tela, mas nada disso tem dado certo. O pavão continua irredutível com a pretensa intenção de tirar a calma do peru e de deixá-lo nervoso a qualquer preço.
Não se conformando com a popularidade do peru e para deixá-lo ainda mais atribulado, o pavão tem publicado comentários sórdidos nas colunas sociais das altas rodas por onde andam todas as peruas que freqüentam o seu poleiro, a respeito do jeito faceiro desse ovíparo andar.
Dia desses, após ser insultado duramente pelo pavão, o peru foi obrigado a lhe dizer alguns desaforos. Bastante irado e rebatendo os impropérios desferidos pelo seu desafeto, arrastou as asas de um lado para o outro e disse-lhe as seguintes verdades:
- Pavão, pare de cuidar da minha vida. Eu sei que seu maior desejo é ser um dos nossos. Tanto isso é verdade, que você e os seus compatriotas não param de andar por aí, de um lado para o outro, arrastando suas asas, com queixos e narizes empinados e até aceitam ser chamados de “peru metido a besta”.
- Meu caro pavão, pare com essa sua mania absurda de querer ser eu e de querer esquentar a minha cabeça à toa, pois por mais que você queira me imitar, andando do jeito que eu ando, ouriçando suas asas como eu o faço, você não irá conseguir ser um peru e nem freqüentar os mesmos lugares que eu freqüento, com a mesma facilidade...
- Xô, pavão invejoso, xô!