MAJESTADE.
Derrepente um mato em movimento,
Lá no milharal.
Analiso a cena.
A espiga de milho ainda verde
Em movimento.
Qual?
Sem vento?
Chego mais perto
Com a foice na mão.
Mais um pouco e...
Lá vejo majestaticamente
Um camundongo
Sentado na espiga de milho,
Bem no alto do pé,
Segurando a espiga na mão
Em solitário banquete.
A foice, o camundongo e eu.
Me comovi, baixei a foice.
Respeitosamente retirei-me
E deixei sua majestade o camundongo
Em seu palacete
A comer em paz.