As Peripécias do Legendário Bulk Flatulento 2 - Pizzaria (parte 2).
As Peripécias do Legendário Bulk Flatulento 2 - Pizzaria (parte 2).
O grotesco urro que inundou o salão terminou o serviço que a estrondosa flatulência havia iniciado: expulsar as pobres famílias que vieram atrás de um pouco de diversão e tranqüilidade. Todas as mesas estavam desertas, exceto por uma, ao fundo, ocupada por duas solitárias senhoras, sendo que uma delas era a simpática velhinha do referido ponto de ônibus de outro dia. Essa dizia para a outra senhora:
-Está vendo, Olga? Foi esse lazarento que peidou na minha cara outro dia!
-Isso é mesmo uma falta de respeito! – e se retiraram.
Só estávamos nós e os funcionários, e não sabíamos onde enfiar nossas caras. Então, Bulk gritou do banheiro, rompendo o silêncio:
-Caramba! Galera, tem merda aqui para afogar um jumento! Vou ter até que levantar pra cortar a lingüiça marrom
Quinze longos minutos se passaram, e entre esses quinze minutos, muitos “splash”, ”tchibum”, ”arghhhh” e ”sai espírito das trevas” se ouviram do banheiro, e a cada onomatopéia proferida por nosso amigo, aumentavam os olhares ameaçadores dos funcionários do restaurante em nossa direção.
Quando saiu do banheiro, Bulk estava suado, e aparentava estar ligeiramente mais magro. Jogou a chave para o rapazinho que ficava na porta do banheiro:
-Pega aí, mestre.
O rapaz, ao pegar a chave, notou algo gosmento no chaveiro, e então percebeu que a chave estava recoberta de excremento multicolorido: verde, preto, marrom...
Enojado e desesperançado, o rapaz limpou a mão, pegou luvas, balde, vassoura e sabão para limpar a sujeira que meu amigo havia causado.
Simultaneamente, Bulk voltava à mesa:
-Ué, cadê o pessoal que tava aqui?
-Foram embora com medo de serem tragados pelo seu buraco negro. – explicou Rodrigo. Enquanto ríamos de Bulk, ele gritava ao garçom:
-Cadê a pizza, garçom?