Aconteceu no Cemitério
Aconteceu no Cemitério
Era uma vez em uma cidade chamada São Miguel de Taípu alguns km da capital paraibana João pessoa, uma cidade pequena onde o tempo parou. Cidade do interior, ao redor de São Miguel de Taípu tinha várias fazendas com seus coronéis e muita gente da lavoura os povoados são vilarejos de trabalhadores rurais, eles só vem a cidade em datas comemorativas. Dia de São João, São Miguel Arcanjo o padroeiro da cidade, as missas de natal, ano novo, até a noite de finado se torna um grande evento para cidade, os familiares dos mortos que já não moram mais na cidade vem acender velas para os seus ante queridos, o dia de finado a cidade se prepara para receber um grande numero de visitantes de todos os lugares, no norte ainda há uma grande tradição neste dia 1 de novembro a cidade fica movimenta desde cedo até o fim da noite.
Mariazinha aos seus 10 anos de idade uma menina travessa, cheia de vida com um humor aflorado tinha um dom de animar as pessoas, normalmente as pessoas do interior a maioria delas são muito tímidas dificilmente são de puxar conversa marizinha menina danada era diferente animada que só ela.
Noite de finados foi com seus pais, irmãos , irmã acender vela no cemitério da cidade para os mortos da sua família lá estava enterrados sua avó paterna e alguns parentes como tios, primos. Pois bem! Como o intuito ali é relembrar os falecidos acender velas, chorar....aliás chorar era uma coisa que a menina não gostava era um chororó danado normal a situação não era pra menos. Cemitério cheio, gente falando, gente chorando, outros contando histórias dos falecidos, tem os que conta mentiras, isso tem muito por lá as tais histórias da carochinhas até do homem lobisomem se ouvia falar. Era tal de história fulando era isso, fulando era aquilo, homem valente, homem bom, esposa maravilhosa, assim cada um com suas histórias ou mentiras.
Enfim. Mariazinha olhando todo o movimento enquanto sua mãe rezava para alma da vovozinha seus irmãos calados ao lado do seu pai uma família unida os filhos obedientes, quer dizer quase todos. Mariazinha não podia ouvir um rádio de pilha tocar nem se importava onde estivesse começava a dançar sem parar, sua mãe mulher fina, educada de uma gentileza ficava vermelha com atitude da mariazinha, se um irmão tentasse tirar da dançar ela chutava a canela e continuava a dançar.
Ao lado da jazida da sua vó tinha uma cova aberta era grande funda não parecia normal era muito grande para os olhos de mariazinha, uma família de conhecidos de seus pais, era uma gente simples a família do sr. Dão gente trabalhadora mulher da lavoura morava na cidade de São Miguel passava pela fazenda dos pais de mariazinha todos os dias, a frente da fazenda tinha uma estada que todo o povo da cidade que trabalhava na lavoura passava por ela, por isso se conhecia a família do sr. Dão, a senhora Dão a dona pequitita assim que era chamada devia ser pelo tamanho 1,50m mais ou menos, cabelos negros, nariz fino, olhos miúdos com um perfil engraçado usava uns vestidos longos escuros de chita, um pano na cabeça nunca se via ela sem o pano, lá estavam eles ao lado perto da cova aberta acendendo velas para um filho que tinha morrido ainda jovem, mariazinha olhando aquela família gente estranha o tipo nada sociável o sr, Dão homem alto, branco com seu chapéu velho de palha nunca se via o rosto dele direito por andar sempre de cabeça baixa.
Dona piquitita andava de um lado par o outro, falava, acendia velas. Mariazinha observando ela, pois como já falado ela estava bem próximo da grande cova aberta se desse dois passos ela caia dentro da cova, uma hora aquela senhora ia se descuidar esquecer da grande cova aberta.
Pois bem, a senhora piquitita ficou parada bem na beira da cova aberta, ih é agora quer vê! Não deu outra a dona piquitita pisou em falso seu pé escorregou se espatifou dentro da cova, neste momento mariazinha correu e disse: Mãe dona piquitita se enterrou viva, olhando mariazinha as gargalhada enquanto todos choravam ao seu redor ela ria, ria e mostrava a pobre mulher dentro da cova caiu deitada todos coreram pra olhar e ninguém ajudou a pobre piquitita sai de dentro da cova...mariazinha ria tanto que seus pais com vergonha que situação um momento de dor e a menina ria sem parar.
O momento mais engraçado da cena do cemitério a dona pequitita se levantou de dentro da cova olhou para todos ao seu redor com seus olhos arregalados ainda do susto disse: Passando a mão no traseiro limpando a terra que ficou no vestido “Quase que eu caia”, mariazinha falou rápido, oxe dona piquitita a senhora tava deitadinha dentro da cova ainda diz que quase que caia. Continuou rindo, ao ouvir isso seus pais e os demais curiosos ainda enxugando as lágrimas não agüentaram todos riram. A dona piquitita ficou famosa nesta noite como a mulher que caiu dentro da cova. Menina danada fez as pessoas pararem de chorar para rir da situação da dona piquitita, a cena foi mesmo hilária.