Tributo I (Olavo Bilac)
No trêmulo rio do tempo incansável
Surge o mestre das letras, o senhor
O parnasiano perfeito, o insuperável
Declarando à poesia todo seu amor
O ouvinte das estrelas e do impossível
Debruçava-se na janela para vivenciar
Toda noite, sua obra intransponível
Que nunca, em seus versos, a de acabar
O poeta erudito, de febril literatura
Amante fiel da sublime conjectura
E das pérolas poéticas que construía
Através dos tempos, e sempre mais
Não a de se apagar, nunca, jamais
O brilho estrelado de sua maestria
A Olavo Bilac