** DESCANSO DE UM DEUS **

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Meu grande amor...

Deixe-me tocar esta tua veste natural, encostar-me em teus poros suados pelo desejo.

Permita-me o teu corpo beijar, palmo à palmo sem deixar uma só célula sem meus lábios tocarem.

Corpo este que me seduz, enfeitiça tanto a minha razão, que eu perco até a noção do espaço que há entre o céu e a terra, então, sem tirar os pés do chão eu acabo por tocar as nuvens.

Ah! Feiticeiro...

Bendito seja Esta tua magia que me cega da verdade,

Ilude-me, e eu acabo, por acreditar que até papai Noel existe.

Ah! Zoiudo...

Como eu quero tocar a esta tua cobertura óssea...

Deslizar por você, assim como a chuva que cai, percorre de forma lenta e sinuosa a estrada de um telhado.

Quero percorrer teu corpo tal qual fazem as gotas do chuveiro que deslizam maliciosamente agem como quem soubesse de meus desejos, então apenas com o intuito de me causar inveja elas deslizam, rodopiando bailando pelo teu corpo abaixo.

Ah! Meu príncipe encantado...

Queria eu que me deixa-se toca-lo agora, enquanto teus olhos cerrados adormecem...

Ah! Meu homem como eu quero entre pensamentos pecadores, entre muitos sussurros de palavras malditas, beijar a tua boca molhada.

Ah! Meu Deus grego...

Deixe-me, pelo menos neste momento tocar a tua pele, já que sax eu não toco, então, de tua pele quero obter um bouque de notas musicais, para compor uma linda melodia que fale de nosso amor.

Ah! Moleque travesso...

Como eu o quero, quero tanto te tocar, que minha vontade é tão grande que vai além de teu consentimento. Vai além de meus lamentos, é tanta vontade de que acaba por se concluir em meus próprios pensamentos.

O meu desejo anseia teu desejo dentro de mim, sem contudo ter ponteiros apressados correndo de encontro a frase de praxe " ATÉ DAQUI A POUCO", apenas desejo subtrair o melhor que este inferno

quente puder me oferecer.

** "Barbudinho", será que peço tanto assim? Se simplesmente o que anseio é poder a pele dele tocar, que mal pode haver nisto, já que

que nosso corpo é apenas um empréstimo feito à alma.

Ah! Meu eterno bebe...

Você foi gerado dentro das profundezas de minhas entranhas da ilusão. Hoje, você me completa traz a paz que necessito para espantar as dores desta minha tortuosa estrada.

Retira um a um os espinhos encravados na minha história, amanhã não sei e quem sabe?

Então deixa vai, afinal você agora, dorme serenamente, abraçando teu passado e eu acordada me agarro a solidão.

Então, rogo-lhe:

-Não me deixe aqui em plena três horas e seis minutos da madrugada, tocando tua pele apenas em meus poemas, tão somente em meus sonhos vorazes e loucos, que já nem são mais fattoconsumado, por que a realidade bem antes que eu concretize o ato, vem e me desperta.

Ah! Menino maroto, deixa...Por favor !

Eu preciso tanto tocar a tua pele, neste momento, seria a cura para o meu mal, mas como não existe a menor possibilidade no mundo, de isto acontecer, então eu faço de teus dedos os meus, de tua respiração, meu beijo de teu sono minha alma, de teu corpo o meu, e sendo assim, quer você queira ou não eu toco tua pele, teus sonhos, teu mais intimo sentimento, sem contudo te tirar do digno descanso de um Deus.

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OBS:

** BARBUDINHO = DEUS

Fattoconsumado

Poema feito para um amor que ficou no passado.

¨DADINHO¨

Em 28/29Nov2002

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Fattoconsumado
Enviado por Fattoconsumado em 17/05/2008
Reeditado em 05/02/2012
Código do texto: T993840
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