M Ã E

Mãe que adora.

Mãe que chora

Mãe fortaleza.

Que deixa lá fora,

A lágrima, a tristeza.

Mãe que agora

É filha da mãe natureza.

Mãe que perdoa,

Mãe que ignora,

Que com toda certeza,

Com as mãos sempre implora

Pelos filhos e filhas

Perfeitos, só beleza

Encantos, pequenas ilhas

Coração sempre aberto,

Que desse peito emana.

Mãe humana, demasiada humana.

Mãe esposa,

Mãe cunhada,

Mãe sogra,

Sempre empenhada

A que nunca logra,

Em ser uma luz.

Que sempre amorosa,

A todos conduz

Em todos os momentos,

Cuja face espelhada

Reflete seus sentimentos;

Do ventre que pariu,

Do filho que partiu,

Das saudades que sentiu

E de tudo que não se omitiu.

Do coração em chama

Em que tudo se irmana,

Humana, demasiada humana.*

*Humana, demasiada humana

(título de um livro de F.Nietzsche)

L U C I A N O

maio de 2008