DIA DAS MÃES
DIA DAS MÃES
O mundo passa por modificações multifárias com predominância do mal sobre o bem. O livre-arbítrio dado de presente ao ser humano tem se tornado um aspecto maléfico e destruidor. Ao emitirmos uma palavra de amor devemos fazê-lo com criatividade consoladora, onde a candeia do bem estiver apagada. O dia das mães para uma maioria passou pelo timbre meramente comercial. Um beijo, um afago, um abraço carinhoso valem mais do que mil presentes materiais. Passamos durante nossa vida por períodos de profundas mudanças que implicam no crescimento e desenvolvimento mental, emocional e espiritual. Na maioria dos casos o espiritual é esquecido ou passa despercebido. A irresponsabilidade afetiva, no pleno exercício dos caprichos pessoais em termos de prazer e emoção, leva-nos a um contingente exacerbado de lágrimas, pela dureza da vida e emancipação da mulher. A mulher deixou de ser a mãe coruja, imantadora do amor maternal, visto que as obrigações profissionais irão impedi-la de ofertar o carinho diário e constante ao pimpolho ou rebento, que veio ao mundo cercado de muitas expectativas e amor. Podemos citar várias mães diferentes, com certeza, há muitas mães que agregam diferentes perfis ao mesmo tempo. Ser mãe, educar, preparar para vida, ajudar na construção da criança, do adolescente na formação do adulto tarefeiro do amor são tarefas difíceis que geram muitas perguntas e ilações. A mãe participativa com dedicação exclusiva ao filho se distancia da mãe preocupada com suas atividades profissionais deixando a maior parcela de educação dos filhos com creches e regimes semi-internos. O amor de mãe tem que ser presencial aonde o encargo vem à nossa esfera de ação por efeito da Providência Divina, mas a valorização do encargo e do trabalho parte exclusivamente de nós. O amor materno quando desatrelado por qualquer circunstancia vai causar dissabores aos pais e muitas das vezes a ação terá uma reação drástica e com muito sofrimento. Não que sejamos contra o trabalho da mulher para ajudar na manutenção do lar, mas o que foi comprovado recentemente pelos pesquisadores é se as mulheres têm renda superior ao do cônjuge às causas de separações e desavenças familiares são crescentes. Nada mais belo, mais carinhoso do que o amor de mãe, mas por problemas culturais e econômicos uma nova mãe surge para regar o novo ser de afeto, de carinho e de amor. São as segundas mães ou mães em duplicidade, as avós que estão assumindo a educação dos netos em qualquer atividade familiar.
Mesmo com sua perspicácia e sabedoria jamais substituirá o amor da mãe verdadeira, Visto que o sentimento maravilhoso do amor será assimilado pelo filho imantado pelo amor da mãe dupla, as avós. Mesmo assim não deixa de ser um sentimento maravilhoso de estar vivenciando os frutos de seu fruto, ou seja, a continuidade das gerações. Alguns estudiosos afirmam que nem sempre as respostas aparecem no momento que deveriam, ou que gostaríamos e não importa qual tipo de mãe você é e qual tipo de filho ou quantos filhos você tem, enquanto o filho cresce, acreditamos que os ensinamos, mas são os filhos, com suas dúvidas, seus sorrisos, suas decepções, suas tristezas, sua felicidade, seus desejos, que vão ensinando a mulher a ser mãe! Portanto não se preocupe em saber, se preocupe em estar. Certa vez alguém perguntou ao Pai Celestial o porquê da criação da mulher e Ele prontamente respondeu: Quando eu a criei tinha de fazer algo muito especial. Fiz seus ombros suficientemente fortes, capazes de suportar o peso do mundo inteiro, suficientemente suaves para confortá-lo! Dei-a uma imensa força interior, para que pudesse suportar as dores da maternidade e também o desprezo que muitas vezes provém de seus próprios filhos! Dei-lhe a fortaleza que lhe permite continuar sempre a cuidar da sua família, sem se queixar, apesar das enfermidades e do cansaço, até mesmo quando outros entregam os pontos! Dei-lhe sensibilidade para amar seus filhos, em qualquer circunstância, mesmo quando esses filhos a tenham magoado muito. Essa sensibilidade lhe permite afugentar qualquer tristeza, choro ou sofrimento da criança, e compartilhar as ansiedades, dúvidas e medos da adolescência!Porém, para que possa suportar tudo isso, Meu filho Eu lhe dei as lágrimas, e são exclusivamente suas, para usá-las quando precisar. Ao derramá-las, a mulher verte em cada lágrima um pouquinho de amor. Essas gotas de amor desvanecem no ar e salvam a humanidade!
O homem respondeu com um profundo suspiro. Agora eu compreendo o sentimento de minha mãe, de minha irmã, de minha esposa. Obrigado, Meu Deus, por teres criado a mulher. Ressaltemos que toda regra tem exceção mesmo com as coisas divinas, visto que a dor dilacera nossos corações quando vemos mães abandonarem seus filhos em sacos plásticos, em caixas de sapatos jogados em lagoas, esgotos e ao relento frio e calorento do dia. Mãe que ama não mata!
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI – MEMBRO DA ALOMERCE E DA AOUVIR