Mãos Abençoadas - III

Como já escrevi sobre o tio João e o tio Silvestre, que através da bondade divina faziam curas maravilhosas, nesta humilde crônica gostaria de homenagear mais um irmão que ajudou a muitos com suas preces e mãos. Sempre voltado à caridade.

Eu sempre o conheci por Bepe e era um dos barbeiros mais antigos de Campinas. Através da permissão de Deus curou muitas pessoas com hepatite, icterícia, caxumba, e com outras enfermidades.

Para dar mais valor ao que ele fazia vou citar uma das suas caridades.

Eu era foguista da Cia Mogiana de Estradas de Ferro, em 1960, e vi um amigo ferroviário que parecia muito triste, e lhe perguntei qual o motivo. Ele, em lágrimas, me disse: “estou perdendo a minha filha, Alice, de 11 anos. Já consultamos vários médicos e fizemos muitos exames, e sua doença não foi constatada. A menina está cada vez pior, está ficando muito amarela. Já não come e tem uma fraqueza enorme”.

Então eu lhe disse: “quer salvar sua filha? Vá a Campinas, na Rua Sales de Oliveira, ali pertinho da Mogiana, e procure o Bepe barbeiro. Todos vão lhe ensinar onde fica sua barbearia. Mas leve uma telha ”virgem”, pois ele vai precisar”.

Então o meu amigo, naquela mesma noite, embarcou no noturno da Mogiana e trouxe a menina para o Bepe ver. Segundo suas palavras o barbeiro mandou a menina ir ao banheiro e urinar na telha. Ela voltou e entregou a telha ao Bepe. Então, ele colocou as duas mãos na cabeça da menina, fez uma prece, ou passe espiritual como queiram, e disse ao meu amigo: “a sua filha tinha hepatite e das bem bravas. Mas agora ela ficará curada, vai voltar a se alimentar bem e sua cor voltará ao normal”.

Então, o pai da menina quis pagar ou agradecer de alguma maneira. O Bepe barbeiro lhe disse: “a mim você nada deve, Agradeça a Deus e ao Mestre Jesus, que permitiram que eu pudesse ajudar a sua filha”.

Um dia o Bepe barbeiro foi atender a um chamado do Nosso Pai e está lá, com ele, nos mandando orientações de como sermos humildes e sinceros no modo de tratar os nossos semelhantes.

Laércio
Enviado por Laércio em 03/05/2008
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