Cobalto
"Comecei do fim...
Tantas dores que até me perdi...
Chorei tanto que a luz se apagou...
Eu só soprei e a bolha morreu...
E o dia não mais sonhou...
Luz...
Branca, negra, azul...
Tudo é luz...
Que piadinha mais sem graça...
Como é possivel essa tal luz me rodear se me vi cair?
O caixão desceu e o que me acoberta é treva...
Os lados do meu lado só questionam...
As graças em meus pulmões me derrubam mais...
E aquela vida puta continua...
E a sombra ainda me suga...
Talvez a sombra não me assuste mais...
E a luz se mostre cada vez mais escura...
Talvez a caixa de madeira de baixo da terra...
Me mostre uma nova hostória um pouco menos suja...
O medo de voltar ao recomeço é grande...
Mas a vontade de por tudo pra fora é maior...
Recomecei do fim...
Tantos dias que até esqueci de mim...
Complexo dizer o que importa com tantas portas...
Portas que só refletem o que falsifiquei de minha alma...
Pra jogar no mundo...
Era apenas uma criança...
Que só queria brincar...
Mas compreendeu que sua mente era uma arma...
Que podia matar e salvar...
Chorando então se viu a matar...
Pois de inicio paraceu ser o melhor caminha para a salvação...
Mas diante de tanto sangue ajoelhou na grama...
E com sua arma gravou uma enorme marca escura em seu peito...
Que o faz recordar chorando até hoje...
Que foi destinado por suas próprias mãos a caminhar na escuridão...
E idolatrar a divina solidão."