MOLEQUE TRAVESSO

Olhem aquele menino...

Que corre pelas ruas de São Francisco...

São Francisco cidade do estado de Espírito Santo...

Pequenino, franzino... Até parece um cisco!

Corre... Caí e até choras em pranto...

Ligeiro menino... Um corisco!

É neto do vovô Amaro essa criança!

Paulinho traquina... Inquieto e travesso...

Que carrega no olhar a esperança...

Parece que nasceu no avesso!

Na venda do vovô Amaro...

Esse moleque... Sossego não dá!

Num minuto... Sobressalta...

E um punhado de farinha com açúcar ele vai catar!

Que esperteza moleque peralta!

Vovô Amaro vai reclamar:

“-Moleque”... Parece ter bicho nas mãos!”

Lá vem um freguês e uma mariola quer comprar...

Justo fiado... Vovô não vai vender...

E o menino a espreitar...

Ouve a resposta de arder:

“-Fiado não! Pode a mariola levar! Você não vai mesmo pagar!”

Esse é avô de Paulinho! Tantos ensinamentos a aprender!

Paulinho menino! Esse moleque é de amargar...

Olha só... Vai se arrepender...

Lá no rio esta a nadar!

E em cima da ponte quem estou a ver?

É o teu pai! Moleque tu vai apanhar!

É menino você vai crescer...

De pequenino em homem vai se transformar...

Um dia uma mato-grossense conhecerá!

E tua infância em alegria tu irá narrar!

E com certeza o avô Amaro tu descreverá...

Essa mato-grossense encantada vai ficar!

E menino travesso... Olha o futuro lhe espera!

Passará anos e anos e teu sorrir...

O teu lindo olhar...

Sempre vai existir...

Um moleque nesse corpo de homem...

Sempre vai persistir...

Menino Paulinho!

Paulinho menino!

KHASSANDRA GREEN
Enviado por KHASSANDRA GREEN em 23/04/2008
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