AS MÃES SOFREDORAS

AS MÃES SOFREDORAS

O dia das mães tem uma conotação de alegria para as mais aquinhoadas e tristes para as que convivem com a pobreza. Toda mãe deveria ter os mesmos direitos e obrigações, mas infelizmente nossa Constituição é drástica e cruel. No olhar brilhante, no sorriso largo, a extasia se lança como um raio provocando alegrias e contentamentos. Bem pintada, jóias exuberantes, vestidos descortinando os lugares em que as convivas são semblantes de felicidades, e sua presença perfumada são viés depuradores, que embelezam o écran freqüentado, um ar agradável percorre toda extensão por onde passa. É um encantamento total! Ao se aproximar o dia consagrado às mães vêm à lembrança das mães pobres, verdadeiros seres maltrapilhos, esqueléticos, com um filho no braço e outro no ventre. Essas pobres mães são verdadeiras fábricas de filhos, pois a tecnologia não se imantou nas favelas, guetos e vielas da vida. Crianças nuas, barrigudas, sujas, vez por outra chorando agarradas as vestes remendadas de suas geradoras chorando por alimentação, visto que a fome maltrata e subjuga os estômagos famintos de crianças, filhos (as) de mães pobres, solteiras, separadas e muitas vezes desamparadas pelo governo e a sociedade. É um dia alegre de muito prazer para as mais beneficiadas e de tristeza, choro e melancolia para outras. Entristecedora realidade nos cerca no dia-a-dia, com o quadro que nos deparamos no mundo em que a relevância do compromisso conjugal é relegada a geênicas experiências, normalmente precária e de infinita duração, pois o país do contrate social enorme e destruidor, as condições de vida serão tão precárias e as motivações sempre morrerão em seu nascedouro.

O nascimento de uma criança de família rica é uma festa sem proporções e de uma família pobre uma tristeza sem fim. Somando-se as agruras diárias que a família terá que passar não alvitrará as benesses que deveriam ter o direito devido que a lei lhe proporciona. Se o nascimento do grande Mestre teve a simplicidade que a história nos conta, as muitas Marias de hoje herdarão o Reino dos Céus, visto que Jesus sempre afirmava através de suas parábolas: “Os humilhados serão exaltados e os exaltados serão humilhados”. No dia das mães ações de caridade deveriam ter um foco especial. A caridade fortalecida pela fraternidade seria alternativa para as mães ricas e privilegiadas, cujo intuito seria a interação com as mais paupérrimas. A divisão do ato de amor seria o elo mais forte entre elas, mãe rica e mãe pobre. O mundo e os frívolos são assim, julgam por si refletindo nos seus interesses as realidades próprias. A festa de nossa alma, que realizamos em família, junto aos seres amados, seja ante a mesa abençoada e farta ou não cujo objetivo especial seja a conversão da água límpida de nossas vidas transformada através da vibração sincera e caridosa em vinho benemérito para o Espírito sequioso, e na distribuição e multiplicação do pão caridoso e singelo oriundo da nossa alegria e fruto da felicidade ao encontro do bem. Que ele aplaque, extermine a fome através da fraternidade bendita e da ternura e do amor dos bons corações que ainda temos à nossa volta.

Mães queridas, pobres ou ricas amem cada vez mais seus filhos e rebentos, pois será através do amor e do perdão que almejaremos um mundo mais humano e o azimute da paz tão esperada por todos será o presente Divino. Não deixem o sagrado dever da educação dos filhos de lado, não permitem que eles enveredem pelos caminhos tortuosos da vida, aliás, mãe é mãe, e a responsabilidade com seus descendentes são maiores do que pensais. Amar sempre, violência e desprezo com os filhos jamais, visto que é sangue de nosso sangue. Mãezinhas de todo Brasil aqui deixamos gravado nosso amor e consideração a todas sem distinção de classe, cor e credo. Que Deus abençoe essas doces criaturas.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 22/04/2008
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