Codinome Baby Face
Como uma atriz forjada do cinema holliwoodiano a menina que conheci segue dançando meio que sendo Greta Garbo, meio que sendo Ruth Romcy.
Naqueles olhos severos de pena que te chicoteiam quando miram os seus, inconsoláveis, consegue o que quer com as sobrancelhas a se unirem no centro da testa, indagando o porquê das coisas, o porquê do mundo tão assim.
Essa menina que segue cantando uma canção meio torta, de uma vida meio torta, revela-se mulher quando menos espera e atende aos seus instintos de adulta mesmo que a menina insista em ganhar. Não, ela não é infantil, é doce, como são os flocos de algodão doce a se desfazerem na boca quando tocados.
Guarda com ela todas as perdas, e quantas perdas ela somou neste caminho. A perda daquilo que sua mãe queria que ela conservasse a perda daquilo que ela queria perder, a perda dos inúmeros cartões, celulares, telefones, namorados, e tudo mais que no final das contas era necessário se perder.
Que os encontros, o encontro, o achado tudo possa abençoar essa amiga. Greta Garbo, Tieta do Agreste, Rubi do mato, menina encanto, de pinta no rosto, de olhos que falam, e falas que não dizem o que ela quer, mas que tentam esconder a veracidade de seus olhares denunciando e transparecendo as dores do seu viver.