QUANDO EU NÃO MAIS EXISTIR
QUANDO EU NÃO MAIS EXISTIR
Quando eu não mais existir,
Veja-me nas ondas do mar,
Que se agitam violentamente,
E chegam docilmente acariciando as praias.
Quando eu não mais existir,
Sinta-me na brisa que sopra suave,
O seu rosto na calada da noite.
Quando eu não mais existir,
Veja-me nas gaivotas,
Que sobrevoam com suavidade os oceanos.
Quando eu não mais existir,
Ouça-me no cantarolar alegre,
Dos pássaros.
Quando eu não mais existir,
Sinta-me no crepitar das chamas,
Do fogo que aquece o seu corpo.
Quando eu não mais existir,
Ouça-me no sorriso inocente,
De uma criança.
Quando eu não mais existir,
Veja-me, sinta-me,
Ouça as batidas do meu coração,
Que aceleram com a tua presença.
Ps. No dia 02 de março de 1983, trabalhávamos juntos e meu amigo, era muito apaixonado por sua esposa e suas filhas gêmeas. Ele escreveu essa poesia tirou duas cópias. Uma deu a sua amada, a outra a mim para que lembrasse sempre desse seu lado amante poeta. Hoje soube que há muito ele se foi. Fica aqui esta homenagem ao meu grande amigo, Osvaldo Caliari Arize.