Pra Flor

Florbela Espanca a cada verso

Expondo ao mundo sua dor

Por que será que ainda peço

A Deus que me dê aquele Amor?

Flor, tu que te fazes tão bela

Em meio a tanta desventura

Oferecendo tua alma singela

Em linhas cheias de candura

Acaricia-me o rosto com espinhos

Enquanto sangue em mim correr

Embriagando-me do mesmo vinho

Também é minha a tua agonia

Até o último dia do meu viver

Bela Flor à procura de Alegria

(07/02/06)