A Reencarnação da Poesia
Por: Soaroir Maria de Campos
Março 14/08
Foi recostada num sopé que ouvi
Ao longe um insistente batimento
Descompassado e meio aflito
Assuntei contra a direção do vento.
Meu peito vibrava noutra freqüência
Perguntei “quem está aí aposto?”
Com amiudada repetição sai
Na vã busca por um rosto.
Diante do silêncio continuei
Tropecei e abaixei o olhar
“Uma pedra falante!”, exclamei...
E parei para escutar:
-Sou a poesia que nada deseja.
Perdida nas encostas sem saída
Só quero voltar para o teu peito
E de novo compor a tua vida.
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