“Por onde andaste
os caminhos ainda
guardam a quietude
de teus passos,
as flores lembram
embevecidas ,de teu semblante
e de tua ternura...
Quantos caminhos,
quantas estradas,
ora sinuosas, ora claras...
E as gentes,
aos montões, às centenas...
E enxergava-lhes a alma
refletida no espelho que tudo vê!
E era de amor a tua palavra,
o ar que te soprava o espírito,
e te aquecia o coração...
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Quantas vezes, cansado da jornada,
sentaste às sombras
das árvores ,à beira dos caminhos
ora úmidos e tépidos,
ora sedentos e empoeirados...
Quantas vezes descansaste tua alma,
enquanto um som de lira suave e angelical,
te soprava aos ouvidos doces
lembranças
de tempos remotos...
Caminhaste por todo lugar
e todo porto era tua chegada e tua bênção,
teu motivo e tua voz...
Tua palavra ficou marcada
na pedra do tempo
que nada esquece,
e viverá eternamente
no coração e na memória
daqueles que vivem na luz!...”
(à lembrança de Gibran – 1883-1931)
Vinhedo, 6 de março de 2008.