Minha feliz “afilhada”...
Sempre fui avesso a ser padrinho de alguém, nunca me senti capaz, e pode pensar até que é brincadeira, mas só uma vez fui padrinho de verdade, em um altar! O meu afilhado, conquistado de última hora era de uma família humilde, periférica, de sobrenome Só. Existe em Juiz de Fora, MG, uma família Só! Embora não eu fosse católico estudei em um seminário em Nova Iguaçu, RJ, em um casarão do Bairro da Posse, que salvo me engano hoje é um colégio diocesano, no meu tempo era uma congregação que imitava os franciscanos, originada da Igreja Católica Apostólica Brasileira, o cisma criado pelo Bispo de Maura, ex titular da Diocese de Botucatu, SP. ... Uma destas histórias, como tantas, que não são convenientes a Igreja Católica Apostólica Romana; nem que venham a ser contatada sem detalhes!
Entristece-me que o único afilhado que tive, e que apareceu ao acaso no dia em que o bispo Dom Benedito Pereira Lima foi até lá, onde ele já havia sido padre, para realizar crismas! Meu afilhado Só estava só, sem que algum parente ou amigo o apadrinhasse! Então fui solicitado a colocar mão no ombro e tomar um compromisso de ensinar a ele o caminho cristão. A caravana de bispo, padres, seminaristas e estudantes que tinha ido à festa religiosa voltou à Nova Iguaçu, entre eles eu que tinha 17 anos, hoje tenho 60. Depois da cerimônia só vi meu afilhado Marcos Só, em uma foto de jornal; foi morto em uma troca de tiro com policiais, na tentativa de um assalto. Quando li a notícia; depois do arrepio uma leve depressão e a pergunta: Falhei?
Eis a razão pela qual não quero ser padrinho de ninguém, nem de casamento; vai que não dá certo, eu que já sofri com as minhas três graves separações vou sofrer com a separação da afilhada? Pelo menos não quero ser padrinho cheio de responsabilidades, embora me preocupe com o que sofre e sorri a minha afilhada. Que eu faça assim; quando e o que posso pela afilhada de outro. Sinto-me mais feliz em ser padrinho entre aspas! Mas a vida nos obriga as felizes emoção, e uma delas é ser “padrinho”, nem que seja apenas de consideração!
Anna Paula, hoje 20 anos, que tem um bom “padrinho”, e garanto que tem ciúmes dele! (rs rs rs) Hoje é bacharelanda em fisioterapia, está no terceiro período e garante que será médica um dia Tomara que seja uma médica que não apenas declare isto em papel, mas faça este papel com coração! Ela pequenina foi parcialmente criada por minha esposa, pois a mãe, professora de dois turnos sentia a necessidade que minha “afilhada” fosse “filha” também de “Teny”. Eis que após vir morar na Bahia ganhei duas “afilhadas”. Tenho procurado ser um “padrinho” razoável! Só serei padrinho, mesmo que virtual, quando tiver dinheiro para comprar a felicidade de alguém. Por hora devo me contentar com minha famíia e uma só afilhada amiga que confia no "padrnho" quem tem!
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Seu Pedro convida aos amigos deste Recanto que, depois que comentarem sobre este texto, façam uma visita a escrivaninha de sua “afilhada” Aline von Bahten, e comente lá também!