UM POEMA PROMETIDO

 

Para Irlene Chagas:

 

É verdade que eu havia te prometido um poema, mas agora achei que com mais propriedade e elegância, eu poderia te oferecer um poema do meu Mestre Pablo Neruda, para agradecer de coração os teus bondosos comentários feitos neste Recanto das Letras.

Diante de tão bela musa, uma verdadeira abelha tropical abrasileirada, somente um poeta como Pablo Neruda para compor com a sua fina maestria e a elegante humildade, um poema que bem serviria para ti.

Eis o poema que escolhi para ti, e que agora passo a transcrevê-lo:

Abelha branca, tu zumbes de ébria de mel em minha alma e te torces em lentas espirais de fumo.

Sou o desesperado, a palavra sem eco, o que tudo perdeu o que já teve tudo.

Amarra extrema range em ti minha ânsia última.

Em meu país deserto és tu a última rosa.

Ah, silenciosa!

Fecha os olhos profundos. Além adeja a noite.

Ah, desnuda teu corpo de estátua temerosa!

Tens profundos os olhos onde a noite esvoaça.

Frescos braços de flor e regaço de rosa.

Teus seios se assemelham a caramujos brancos.

Veio dormir em teu ventre uma borboleta de sombra.

Ah, silenciosa!

Nefatli Ricardo Reyes Basoalto.

Pablo Neruda

 

Nota: Foram feitas algumas alterações, somente para ajustá-lo à Ortografia e Gramática.

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 20/02/2008
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