MEMÓRIA VIVA
O mais idoso de Santo Antonio,
Posso chamá-lo de dicionário,
É o poeta da terra,
Meu amigo, Arcípio Calegário.
Cidadão ético e lúcido,
A comunidade prova,
Simpático, brincalhão,
Seu maior sonho!
Lançar um livro de trovas.
Ele sorri o tempo inteiro,
E conta muitas histórias,
“Sou feliz!” – Lancei o meu segundo livro;
Tenho 11 filhos, 34 netos,
31 bisnetos, amo meus genros e noras.
Em conjunto analisamos,
O prédio mais antigo da vila,
Construído na década de 20,
Distribuía energia elétrica,
Para esse arraial,
Que 10 anos após passa a ser distrito.
Fornecia outros grandes serviços,
Para todos os seus moradores,
Beneficiava arroz e café,
E a madeira de lei serrava.
Na década de 30,
Quase colocou um fim,
No progresso da vila,
Foi manchete para seu anuário,
Um grande incêndio,
Destroem alguns maquinários.
Após restauração,
Volta o trabalho guerreiro,
Sempre aberto,
Para seu povo hospitaleiro.
Em sua trajetória,
O prédio hospedou,
A igreja católica,
Palco teatral,
Comitê político...
Muita paciência,
Biblioteca e um minem acervo,
De estudos de ciência.
Foi escola municipal,
Cinema, exibição de filmes,
A maioria nacional,
Jeca tatu e Mazarope,
Vindos da capital.
Guardou figuras folclóricas,
Boi-pintadinho,
Mula-sem-cabeça,
Jaguará,
Caxambu, pau-de-sebo,
E outros vestimentas,
Das manifestações da cultura da vila.